quinta-feira, 9 de julho de 2015

'Não vamos pagar dívida do basquete ou teremos de pagar todas', diz Nuzman

  • Fábio Aleixo/UOL
    Nuzman ao lado do chefe de missão do Brasil Bernard Rajzman na Vila Pan-Americana
    Nuzman ao lado do chefe de missão do Brasil Bernard Rajzman na Vila Pan-Americana
A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) foi colocada contra a parede e terá de se virar  com os recursos próprios ou da Nike para pagar a dívida de cerca de R$ 3 milhões que tem com a Federação Internacional de Basquete (Fiba), necessária para garantir a vaga na Olimpíada. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, descartou dar dinheiro para ajudar no débito, mesma posição adotada pelo Ministério do Esporte.
"Não vamos pagar. Se ajudar uma para pagar dívida, terá de ajudar todas as outras", afirmou Nuzman. Segundo ele, o Comitê só atuará de forma política para facilitar a resolução do problema.
Há uma reunião marcada para o dia 18 de julho em Toronto entre a CBB, o COB e a Fiba para tentar resolver a questão. O Ministério do Esporte não confirmou que vá participar do encontro. Mas deixou claro que sua ajuda será apenas intermediar um novo patrocínio por meio do Correios, sem aplicação de dinheiro público direto para pagar o débito.
Com isso, a ideia da confederação de basquete é usar os recursos da Nike para quitar a pendência, uma vez que um novo contrato com a multinacional americana foi fechado até o fim de 2022. A ideia inicial era fazer o pagamento de forma parcelada até 2019, mas a Fiba já rejeitou esta proposta e pediu uma definição até 30 de julho. A dívida da CBB é referente ao convite pago para participar da Copa do Mundo da Espanha, em 2014.

Caso não acerte a dívida, o Brasil pode perder a vaga automática na Olimpíada Rio-2016, garantida ao país-sede. Assim teria de obtê-la em quadra durante o Pré-Olímpico do México, que começa em 31 de agosto.
Questionado sobre o assunto que pode deixar o Brasil sem time no basquete mesmo em casa, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, foi evasivo.
"Este é um problema para Fiba e a Confederação Brasileira. Tenho certeza de que irão solucionar da melhor maneira", afirmou.

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