Quase duas semanas depois da demissão de Gilson Kleina, a diretoria do Palmeiras, enfim, parece ter encontrado o nome que busca para comandar o time. Representantes da diretoria se encontrarão nas próximas horas com Ricardo Gareca em Buenos Aires com o aval do presidente Paulo Nobre para negociar salários com o técnico.
Em contato na semana passada, o argentino se mostrou animado com o projeto do clube em seu centenário. O problema, contudo, seria convencer sua família a deixar o país. O jornal local Oléo coloca próximo do Racing. “Tenho que ligar para o Gareca nas próximas horas para combinar detalhes e nos reunirmos na terça ou na quarta”, disse o presidente do clube argentino, Víctor Blanco.
O Racing estaria disposto a oferecer até R$ 184 mil mensais ao treinador, salário que o Verdão tem condições de superar. Como Gareca gostou do que ouviu dos dirigentes brasileiros na semana passada, fica a expectativa de que ele consiga convencer seus familiares para que morem no Brasil.
De acordo com o histórico de negociações da gestão de Paulo Nobre, no entanto, não se pode esperar uma definição rápida. Os dirigentes só resolveram avançar nas conversas envolvendo números agora e o presidente costuma transformar em novelas as tratativas com jogadores ou renovações.
As condições financeiras elevadas do futebol brasileiro em relação ao argentino, mesmo diante da crise econômica no Palmeiras, são um trunfo do Palmeiras, também, para não gastar tanto com alguém do País, acostumado a receber mais. Caso não haja acerto com Gareca, o principal nome é Dorival Júnior, também desempregado.
Gareca foi aprovado em um claro processo de seleção da diretoria, que entrevistou candidatos até apostar nele. Como jogador, atuou pelos principais clubes do país e pela seleção e, como treinador, conquistou três títulos recentemente com o Vélez Sarsfield, além de chegar às fases finais de Libertadores e Sul-americana. Aos 56 anos, pode assumir o desafio de ser o técnico do Palmeiras no centenário.
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