Já a Chapecoense, que venceu na primeira partida desde a saída do técnico Gilmar Dal Pozzo, termina o domingo na antepenúltima posição, agora com cinco pontos, e tem chances de deixar a zona de rebaixamento se derrotar o Inter às 21 horas de quarta-feira, em Caxias do Sul.
Arte GE.Net
O jogo – Vestindo agasalho azul com o símbolo do Palmeiras, Ricardo Gareca esteve nas tribunas da Arena Condá ao lado da diretoria com a expectativa de ver, ao menos, mais uma vitória do time que comandará após a Copa do Mundo. A sensação aumentou ao ver que o interino Alberto Valentim não mexeu na base que lhe deu 100% de aproveitamento em quatro jogos no comando.
Na primeira partida após a saída do técnico Gilmar Dal Pozzo, os anfitriões encurralaram o Verdão em sua área nos primeiros 15 minutos de jogo. Uma cabeça de Rafael Lima e um belo lance de Tiago Luis, que deixou Marcelo Oliveira no chão antes de finalizar perto da trave, mostravam que o rival não traria facilidades na gelada noite catarinense.
Mais uma vez sem criatividade, já que o quase sempre discreto Mendieta reclamou de dores na perna direita desde os dez minutos de partida, o Palmeiras só avançou na base de seu maior trunfo: a disposição. Diogo, que personifica essa qualidade, começou a correr o campo todo para ficar com a bola e acabou inspirando seus colegas.
Tendo que se mexer, a Chapecoense deu espaços, e Wesley acordou. Aos 21 minutos, lançou Marquinhos Gabriel, que driblou dois antes de chutar em cima do goleiro. No minuto seguinte, cobrou falta da lateral que quase encobriu o camisa 1 da equipe catarinense. Mas foi só.
A presença maior no campo adversário não deu a organização que o Verdão não teve nesta noite. Sem Mendieta para acionar os atacantes e com os dois laterais presos na defesa, não adiantava Wesley ficar solto. A obrigação do volante em subir só aumentava a responsabilidade de Renato, incapaz de proteger, sozinho, a frágil defesa palmeirense. Os setores espaçados do Palmeiras foram aproveitados pela Chapecoense.
Ficou fácil para o time catarinense ter sempre alguém entrando livre na grande área. O gol não saiu antes graças a Fábio, goleiro que salvou o Palmeiras desarmando, literalmente, Diones e Tiago Luis e espalmando as finalizações que vinham de todos os lados. Na frente, o Verdão só respondeu em cobrança de falta de Mendieta. Foi pouco.
A já costumeira desatenção defensiva foi fatal para o time paulista. Aos 41 minutos, Neuton inverteu a bola da lateral esquerda para Fabiano dominar na grande área e rolar para Tiago Luis entrar completamente livre na pequena área, apenas escorando com o pé para vencer Fábio e fazer a Chapecoense sair na frente pela primeira vez em sua história na Série A do Brasileiro.
Alberto Valentim não mexeu no time, e nem deu tempo de ver se haveria alguma mudança de posicionamento. A volta do intervalo foi a pior possível. Antes de o relógio apontar dois minutos de segundo tempo, Fabiano chutou de fora da área e Marcelo Oliveira afastou tão mal que acabou ajeitando para Dedé acertar o canto direito de Fábio.
Apostando só em Henrique, Alberto Valentim mexeu no resto de seu setor ofensivo, trocando Mendieta, Diogo e Marquinhos Gabriel por Felipe Menezes, Patrick Vieira e Bernardo, mas nada disso era suficiente para dar alguma organização ao time. A busca pelo gol teve que ser na marra, como em momentos nos quais Lúcio se alternava como meia ou até atacante. Logicamente, não dava certo.
De Chapecó, o Verdão só pôde celebrar Fábio mesmo, já que o goleiro continuou trabalhando para evitar uma derrota ainda maior. O clube da casa soube se posicionar na defesa e aproveitar o nervosismo rival para ficar com a bola nos pés, mantendo a sua primeira vitória na Série A.
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