segunda-feira, 30 de novembro de 2015

E o Tite? Dunga vê Jorginho como melhor técnico do Campeonato Brasileiro

Flavio Florido/UOL
Dunga e Jorginho trabalharam juntos na seleção durante o ciclo para a copa de 2010
Dunga e Jorginho trabalharam juntos na seleção durante o ciclo para a copa de 2010
Na opinião de Dunga, Jorginho é o melhor técnico do Campeonato Brasileiro. Na visão do comandante da seleção brasileira, o treinador do Vasco, mesmo com grande chance de ser rebaixado, é o grande nome da competição por todo o trabalho de recuperação do Cruzmaltino no decorrer da temporada.
"Converso quase que diariamente com o Jorge. É o grande treinador deste Campeonato Brasileiro", opinou Dunga, em entrevista à Rádio Tupi.
Dunga sequer mencionou os técnicos da parte de cima da tabela e exaltou o desafio de Jorginho diante do pressionado Vasco - 18º colocado do torneio.
"Como falado, ele está trocando pneu com o carro andando. Não é fácil. No Brasil, trocam treinador, comissão técnica, preparação física. É como um carro que sai de gasolina, vai para o álcool, depois troca para o óleo diesel e precisa andar. Até regularizar tudo, leva tempo. E ele conseguiu fazer isso muito bem. Vou torcer muito para que ele se salve neste último jogo [Vasco x Coritiba]. Que ele conquiste mais esse êxito, é uma pessoa digna, de muito caráter e moral", completou o técnico da seleção.
Neymar e seleção
Além de exaltar o ex-companheiro de comissão técnica da seleção, Dunga elogiou bastante sua principal estrela do momento. O técnico comentou a presença de Neymar entre os finalistas do prêmio de melhor do mundo da Fifa e disse ver grandes chances de o brasileiro faturar a disputa.
"Se formos analisar pelos números, ele [Neymar] tem grandes chances. O Messi ficou um bom tempo machucado, o Cristiano Ronaldo não está repetindo o desempenho do ano passado e o Neymar vem numa crescente. Além de assumir responsabilidade na ausência do Messi, fez gols importantes e comandou o time. Acredito que ele tem muita chance".
Por fim, Dunga comentou o trabalho na seleção brasileira, reclamou novamente do pouco tempo de treinamento quando tem o grupo reunido e mostrou preocupação com o tempo sem jogar até o próximo compromisso pelas Eliminatórias – março, contra Uruguai e Paraguai.
"Tentamos ao máximo entrosar o time, mas é complicado. Jogador chega na segunda à noite, às vezes na terça pela manhã, treinamos na terça, na quarta não pode ser uma atividade puxada e já jogamos na quinta. Apesar de conhecer os jogadores, a movimentação, o olhar no companheiro requer um maior tempo. O entrosamento nem sempre é o ideal. Estamos há um ano na seleção, parece longo, mas se colocarmos em horas de treino, é menos que um campeonato regional", avaliou.
"Agora ficaremos aí esse tempo todo longe. Esse é um grande questionamento. Ficaremos amarrados em termos de trabalho. Vamos ficar buscando mais informações do que trabalhando propriamente. A é torcer para que todos mantenham o bom nível e não se machuquem, não tem outro jeito. É o período mais difícil, essa transição de temporada. Mas não vou chamar de dificuldade, falo de desafio para superar", encerrou.

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