O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, esclareceu o teor do encontro da semana passada entre Alexandre Pato, Gilmar Veloz, Kia Joorabchian e Andrés Sanchez. A ideia do jantar foi consultar o atacante de 26 anos e facilitar sua transferência para o futebol europeu na virada do ano.
Emprestado ao São Paulo até dezembro, o jogador tem contrato com o clube do Parque São Jorge até o final de 2016, mas não voltará a vestir a camisa alvinegra. Foi por isso que, acompanhado de seu agente, conversou com Andrés, superintendente de futebol preto e branco, e com o empresário Kia Joorabchian, com bom trânsito na Europa.
“O balanço do jantar é muito simples. É muito fácil falar em vender o Pato para lá e para cá. Mas, se o jogador fala que não quer ir, é perder energia, perder tempo. A ideia foi essa. O Kia conversou com ele, e ele se mostrou solícito a jogar em um futebol legal”, afirmou Andrade, no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.
Questionado sobre o possível destino, o presidente do Corinthians disse que “pode ser Alemanha, Itália, Inglaterra, qualquer desses centros com um futebol legal”. E, desta vez sem desvalorizar a mercadoria, botou o preço em 25 milhões de euros (cerca de R$ 109 milhões).
O valor é bem superior aos 15 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões, na cotação da época) pagos ao Milan no início de 2013. Com essa grana, a agremiação da zona leste paulistana adquiriu 60% dos direitos econômicos de Pato e cedeu os 40% restantes ao próprio atleta como prêmio pela assinatura de seu contrato.
O atacante e o São Paulo manifestaram um desejo mútuo de manter sua parceria, algo que parece uma realidade distante. O que o Corinthians espera é que o jogador, que fracassou retumbantemente em preto e branco, tenha se valorizado acrescentando o vermelho às vestes.
“Ele readquiriu uma confiança que conosco acabou não tendo, cresceu bastante o futebol dele. Considero hoje o Pato o melhor jogador do São Paulo, com gols e ótimas partidas”, sorriu Roberto de Andrade. “Não vamos nos esquecer de que o Pato é um grande jogador. O fato de não ter jogado no Corinthians não muda isso.”
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