segunda-feira, 14 de julho de 2014

CRÔNICA: O FUTEBOL DO BRASIL


CRÔNICA: O FUTEBOL DO BRASIL

O Brasil há muito tempo deixou de ser o país do futebol. Fato que muitos ignoram. A perda da copa do mundo em casa era mais do que o esperado. Muitos, principalmente àqueles que recebem da CBF para falar bem do futebol, dirão que não. Mas, é a pura verdade.
Tirando Neymar, quanto tempo faz que o Brasil não tem um jogador de destaque no cenário mundial?
E no Campeonato Brasileiro, quanto tempo faz que não temos um campeonato emocionante e empolgante, com vários destaques e revelações?
O Campeonato Brasileiro esta chato. Os técnicos de destaque no cenário nacional estão atrasados e, principalmente, não tem a cara do futebol nacional. Àquele no ataque, com meias habilidosos e criativos. Muricy Ramalho e Tite, dois dos mais prestigiados treinadores nacionais são retranqueiros, e não valorizam jogadores habilidosos. Seus times não são criativos, fazendo com que o jogador brasileiro deixe de lado suas principais características. Características que conquistaram o mundo. E nos deu cinco títulos mundiais.
Dos cinco títulos mundiais somente uma vez, em 1994, o Brasil ganhou sem conquistar o mundo com seu futebol arte, mesmo assim, havia Romário que faltou fazer chover na copa. E Bebeto com sua rapidez e belíssimos gols.
Tem que haver uma mudança, não no futebol brasileiro, mas sim, na administração do futebol brasileiro.
Os clubes têm que investir na base, mas, sem tirar as características do jogador brasileiro.
O próximo técnico da seleção tem que ser um que realmente tem a cara do futebol brasileiro, não adianta colocar um que vai ignorar o craque, ou tentar mudar suas características tornando-o um jogador mediano para se adequar a um estilo de jogo atrasado.
Os clubes têm que abandonar o assistencialismo a certos “craques”, ou melhor, ex-craques que estão sem mercado no exterior e vem para o Brasil ganhar rios de dinheiro e não ajuda em nada o futebol nacional. Só prejudicam, pois, o clube investe muito neles sem retorno, dinheiro que poderiam investir em jogadores da base.
Por fim o atleta brasileiro tem que deixar de ser arrogante, vide o que aconteceu na disputa do terceiro lugar na copa do mundo quando os jogadores brasileiros deixaram o campo se cumprimentar os vencedores, que venceram e muito bem a seleção. O jogador brasileiro tem que aprender a perder e ter consciência que não é mais, o melhor. Se quiser ser o melhor tem que voltar a buscar o seu espaço, pois, não se ganha mais só com o nome.


Marc Souza

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