Robson Ventura/ Folhapress
Elias, na apresentação ao Corinthians em 2014: valor final pode chegar a R$ 19 milhões
Um e-mail enviado pelo gerente de futebol Edu Gaspar para o empresário Allison Garcia pressiona o Corinthians a pagar comissão de R$ 1,6 milhão pela transferência de Elias em 2014. A situação causa desgaste interno ao dirigente.
Representante também do volante Ralf, Allison foi autorizado a intermediar as conversas entre Corinthians e Sporting-POR e cobra o pagamento de 10% referentes à negociação.
Como reside em Lisboa, Allison foi a alternativa encontrada pela direção corintiana, e Edu Gaspar, para mediar a liberação do reforço que custou 4 milhões de euros (R$ 16,8 milhões na cotação atual). Na visão de membros da diretoria, a mensagem dá margem para o empresário pressionar o clube pelo valor desejado.
De acordo com apuração do UOL Esporte, as cobranças feitas por Allison tiveram início durante a temporada passada. A administração do então presidente Mário Gobbi, entretanto, se negou a pagar o valor pedido pelo empresário. Na ocasião, o representante também se negou a ceder em relação à quantia quando consultado para um abatimento.
Já neste ano, com a troca de presidência, o atual mandatário Roberto de Andrade foi consultado por Edu Gaspar e se negou a conversar a respeito dos valores que envolvem a comissão de Elias. É provável que a questão vá parar na Justiça, como já ocorre com Allison Garcia no caso do volante Ralf.
Ele é um dos sócios da empresa GP Sports, que processa o Corinthians para receber cerca de R$ 2,8 milhões referente à compra de direitos econômicos feita em 2012 - e até hoje não acertada.
Caso o Corinthians de fato pague a comissão, o valor final da compra de Elias vai se aproximar de R$ 19 milhões. O ex-presidente Mário Gobbi acordou o pagamento de quatro parcelas anuais de 1 milhão de euros cada. Para cumprir a primeira parte do combinado, Gobbi adiantou contrato até 2017. Em outubro, mais R$ 4,2 milhões devem ser pagos ao Sporting.
Procurado pela reportagem, Edu Gaspar não respondeu as mensagens enviadas. Já o empresário Allison Garcia se negou a conceder entrevistas e afirmou que a dívida existe e as conversas em torno dela ocorrem desde 2014.
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