Campeonato Brasileiro que se preze os
técnicos andam na corda bamba. E, no Brasileirão 2015 as coisas não são
diferentes.
Em apenas seis rodadas, sete técnicos
perderam os seus empregos, dentre eles, nomes badalados no futebol nacional;
como Luis Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo e Marcelo Oliveira.
Oswaldo de Oliveira, contratado para
tirar o Palmeiras do ostracismo que viveu nos últimos anos foi a última vítima.
Destes, a demissão mais surpreendente
foi a de Marcelo Oliveira, técnico que nos últimos anos deu ao Cruzeiro dois
títulos nacionais.
A demissão de técnicos nas equipes brasileiras
é uma tradição no futebol. Qualquer percalço é a primeira vítima. A bola da
vez.
Quando ganham não fazem mais que a
obrigação, afinal, seus altos salários são para isso mesmo.
Já quando perdem...
Quando um time é campeão ninguém se lembra
do esquema tático utilizado. Das jogadas ensaiadas que resultaram em gol. Das palestras.
Das escalações.
Quando perde... Quando perde é por que
o técnico não treina o clube. Ou que os jogadores não conseguem entender o
esquema tático adotado por ele... Não treina jogadas... Escala mal... Perdeu a
mão...
Tudo é culpa do técnico. A contratação
deu errado... a culpa é dele. A estrela do time faz corpo mole... de quem é a
culpa?
Não acho que um técnico deva ser
eterno no clube, mas, também não concordo com a forma adotada pelos nossos
clubes em que tudo é culpa do técnico.
Ontem Marcelo Oliveira era um gênio.
Hoje, só mais um.
Ninguém vê que o time aos poucos vai
se perdendo, muitas vezes tecnicamente, craques são vendidos sem serem substituídos
à altura. Jogadores se machucam. Ou tem problemas particulares que prejudicam
seus rendimentos em campo. Ninguém vê que, muitas vezes os diretores erram nas
contratações. Fazem acordos com empresários ou com patrocinadores. Acordos esdrúxulos.
Ninguém sabe o que acontece dentro destas salas climatizadas onde reuniões são
realizadas diariamente entre dirigentes e empresários. Dirigentes e
patrocinadores. Dirigentes e dirigentes.
Todo mundo vê somente o que acontece
em campo. E como o jogador é um bem muito valioso (até os mais ruinzinhos), o
técnico sempre é quem paga o pato.
No Brasil técnico de futebol tem que
começar trabalhando em circo como equilibrista, pois vai andar a vida inteira
na corda bamba.
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