O Santos esteve na final nas últimas seis edições do Campeonato Paulista e estará também em 2015. No início da noite deste domingo, a equipe derrotou o São Paulo por 2 a 1, na Vila Belmiro. Geuvânio (que mais uma vez deu muito trabalho à defesa adversária, apesar de ter passado mal e vomitado no final da primeira etapa) e Ricardo Oliveira marcaram para o time da casa. No final, Luis Fabiano descontou. Desta vez, o adversário na decisão será o Palmeiras, que mais cedo eliminou o Corinthians nos pênaltis.
A primeira partida da final deverá ser confirmada para o próximo domingo, no Palestra Itália. Uma semana depois, o Santos decidirá o título como mandante, tentando ser campeão novamente, o que não ocorre desde 2012. Nas decisões de 2013 e 2014, o time litorâneo amargou o vice-campeonato. Já o São Paulo, eliminado antes da decisão da competição estadual pela nona vez consecutiva (sendo quatro delas justamente para o Santos), volta suas atenções para a Copa Libertadores. Na quarta-feira, faz jogo decisivo contra o Corinthians, no Morumbi, em busca de vaga nas oitavas de final do torneio continental.
Neste domingo, o Santos praticamente começou o jogo com uma baixa. Logo aos três minutos, Valencia sentiu o joelho e deu lugar a Lucas Otávio. Alteração que não faria diferença alguma na estrutura tática da equipe, muito veloz nos contragolpes iniciados por Lucas Lima, que servia o trio formado por Robinho, Geuvânio e Ricardo Oliveira. O São Paulo, também sem um volante titular desde o início – dada a suspensão de Souza –, em contrapartida, se recompunha com muita lentidão.
A diferença não ficou tão à mostra de início, quando os dois times arriscaram pouco. A primeira boa chance saiu aos 13 minutos, depois que Michel Bastos encontrou Paulo Henrique Ganso dentro da área, e o meia (muito vaiado pela torcida de seu ex-clube, como é costume quando retorna à Vila Belmiro) atrasou para Denilson emendar de primeira, à direita do gol de Vladimir. O Santos respondeu três minutos depois, em jogada individual de Robinho, que invadiu a área pedalando e finalizou para ótima defesa de Rogério Ceni. No lance seguinte, Wesley (igualmente vaiado pelos santistas) recebeu chance de bater a gol, mas teve o chute travado pela zaga.
Depois disso, praticamente todo o primeiro tempo foi do Santos, sob a liderança de Robinho e na velocidade de Geuvânio pelo lado esquerdo da defesa são-paulina, neste domingo de responsabilidade de Carlinhos. O clássico, porém, foi paralisado alguns minutos na metade da primeira etapa. Renato precisou trocar a meia, e o goleiro Vladimir pediu atendimento médico para que o Santos não ficasse sem o volante por muito tempo. Recomeçado o jogo, Robinho tratou de esquentar novamente a partida, carregando a bola com embaixadinhas na intermediária.
O gol não demorou muito mais para sair. Aos 35 minutos, Geuvânio disparou da intermediária defensiva em direção à entrada da área ofensiva. Até lá, passou entre Carlinhos e Denilson no meio-campo, deixou Lucão para trás e escapou também de um carrinho de Paulo Miranda antes de finalizar de perna esquerda, no canto direito de Rogério Ceni. "O correto teria sido matar a jogada lá na frente. Tivemos oportunidade de matar e deixamos", resumiu bem o goleiro e capitão são-paulino, no final da etapa.
Rubens Chiri/Site Oficial SPFC
Antes do intervalo, Geuvânio ainda chamou atenção com mais uma boa jogada ofensiva pela ponta direita e por desabar pouco depois. O jovem atacante caiu no gramado, pediu atendimento médico e vomitou. Segundo ele, sentiu tontura e lhe faltou ar. Apesar disso, continuou em campo e voltou normalmente para o segundo tempo. Sem novas substituições, o técnico Marcelo Fernandes viu apenas o adversário mexer. No São Paulo, o interino Milton Cruz sacou o zagueiro Paulo Miranda para colocar o centroavante Luis Fabiano, deixando a lateral direita a cargo do volante Hudson, outro jogador improvisado.
Foi Hudson quem cruzou para Alexandre Pato, aos dois minutos, desperdiçar grande chance de igualar o marcador. O atacante dominou a bola dentro da área e finalizou para fora, na rede. Dois minutos depois, em trapalhada do árbitro na saída de bola são-paulina, ela sobrou para Ricardo Oliveira chutar rente à trave direita de Rogério Ceni.
Aos 23 minutos, Geuvânio, principal fator de desequilíbrio a favor do Santos antes do intervalo, foi substituído por Cicinho. Quase que imediatamente, Rick Centurión entrou no lugar de Carlinhos e virou esperança contra a apatia do time da capital. Esperança que foi por terra rapidamente, contudo. Aos 30 minutos, a segunda substituição de Marcelo Fernandes deu mais resultado do que a de Milton Cruz. Cicinho avançou pela meia esquerda e, na saída de Rogério Ceni, tocou para Ricardo Oliveira empurrar à rede, ampliar a vantagem e deixar a torcida confiante para gritar "olé" e cantar a classificação.
Havia tempo suficiente, entretanto, para um susto. Aos 43 minutos, servido por Alexandre Pato, Luis Fabiano diminuiu a diferença e deu novo ânimo para o São Paulo. O Santos tratou de gastar o maior tempo possível com a bola nos pés e assegurou a vaga diante da apreensão na arquibancada.
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