Internado duas vezes em menos de um ano e pressionado nos bastidores do São Paulo desde o início da temporada, Muricy Ramalho está "arrebentado". A expressão foi usada pelo próprio treinador, após a derrota de domingo para o Botafogo. Sua saúde, porém, não é o que mais o preocupa neste momento.
"A gente passa por alguns sustos, é complicado. Mas fico mais preocupado com o time", disse, em Ribeirão Preto.
O time, ele sabe, não encontrou padrão de jogo em 2015. Essa é uma das razões pelas quais Muricy viu seu cargo ser ameaçado ultimamente. No momento, porém, ele entende que a pressão interna não justifica os maus resultados da equipe, que caiu para adversários de mesmo nível e agora para o Botafogo.
"Essa briga não é aqui, não é no CT. Os jogadores nem ficam sabendo. A gente não pode ficar procurando coisas. Tem que jogar melhor, senão não sai desse momento. Ficar olhando para os outros não adianta nada, tem que encarar seus problemas", argumentou.
Além do risco de não passar às oitavas de final da Copa Libertadores, o qual será trabalhado apenas na próxima semana, o problema atual é no Campeonato Paulista. O revés de 2 a 0 no interior derrubou o São Paulo para a quarta colocação na classificação geral – o posicionamento interfere no mando de campo de uma eventual semifinal –, restando uma rodada na primeira fase. Afora isso, o Red Bull, adversário das quartas, está em crescente.
Djalma Vassão/Gazeta Press
"É um bom time, subiu no momento certo da competição, é muito bem armado e, com certeza, será um rival difícil", opinou Muricy, ciente de que o time sediado em Campinas recentemente derrotou o Palmeiras e já empatou com o Corinthians.
Ainda sem data confirmada para as quartas de final, o São Paulo voltará a campo na quarta-feira para fechar a primeira fase diante da Portuguesa, no Morumbi.
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