domingo, 7 de setembro de 2014

Quarteto encanta, São Paulo envolve o Sport e diminui distância ao líder

Com Ganso, Kaká, Alexandre Pato e Alan Kardec em uma tarde de sintonia fina, o São Paulo envolveu o Sport, venceu por 2 a 0 no Morumbi, e deu mostras de que Muricy Ramalho conseguiu implantar um padrão de jogo eficiente e vistoso na equipe. O segundo gol da partida foi descrito por Muricy como uma "aula técnica", que começou com Kaká e, depois de uma linha de passe muito rápida, terminou nos pés de Pato, que chutou para as redes. Os jogadores adversários apenas assistiram à jogada.
A vitória, a quarta nos últimos cinco jogos do Brasileiro, foi fundamental às pretensões do São Paulo na temporada, já que a equipe está em perseguição ao líder Cruzeiro e terá um confronto direto com os mineiros na segunda rodada do returno, que começa no meio da próxima semana. Agora, a distância para o líder é de sete pontos. Já o Sport, que sonhava em se aproximar do G-4, vai terminar o primeiro turno no meio da tabela.
Fases do jogo: O São Paulo não teve dificuldade de impor seu ritmo de jogo desde o começo, com muita troca de passe e bastante eficiência. Após uma bela tabelinha entre Kardec e Ganso, o atacante invadiu a área e cruzou para o meio, e o volante Rithely desviou contra a própria meta: 1 a 0. Diferente do que aconteceu contra o Criciúma na quinta, o São Paulo conseguiu criar boas chances de gol e sufocou os pernambucanos. Depois do segundo tento, fruto de um contra-ataque puxado por Kaká, o time esteve muito perto do terceiro, mas Pato errou um chute fácil, de frente para as redes e sem goleiro na frente. Nada que preocupasse muito, porque a equipe dominava o jogo.
Ao segundo tempo o São Paulo voltou com a mesma proposta e buscou aumentar o placar desde os primeiros minutos. Essa estratégia foi facilitada porque, perdendo por dois, o time pernambucano precisou sair mais e abriu espaço na defesa. Embora a equipe da casa tenha criado outras chances, o terceiro gol não saiu. No final, o time se desarrumou taticamente e levou bronca de Muricy Ramalho. O Sport ainda tentou diminuir, mas a defesa tricolor estava segura.
O melhor: Kaká. O camisa 8 teve uma atuação segura e fez o que se espera dele. Além de pensar o jogo e orquestrar o setor ofensivo, ele apresentou as velhas arrancadas que fizeram seu nome no começo da carreira. Também mudou de posição tática com Kardec para confundir a marcação. Saiu de campo cansado e ovacionado pela torcida.
O pior: Renê. O lateral esquerdo do Sport deu muita liberdade para o ataque adversário. Foi por aquele lado que saiu o primeiro gol do jogo.
Chave do jogo: O quarteto. A qualidade técnica do setor ofensivo são-paulino é inegável, mas eles ainda não tinham mostrado um jogo tático tão bom quanto nos primeiros 45 minutos deste domingo. Intercambiaram posições entre si e trocaram bola de um jeito muito rápido e dinâmico, o que os tornou quase imparáveis à defesa rival.
Toque dos técnicos: Durante a semana, Muricy Ramalho deu um treino específico de passes, no qual os jogadores só podiam dar no máximo dois toques antes de encontrar um companheiro melhor posicionado. O entrosamento conseguido nesse tipo de atividade foi visto neste domingo.
Para lembrar:
Culpa da grama. "O cara que cuida da grama no Morumbi tem que ver isso aí." Foi assim que o Alexandre Pato justificou o gol que ele incrivelmente perdeu no final do primeiro tempo. Ele errou o tempo da bola e não conseguiu chutá-la para as redes, mesmo estando sozinho e sem goleiro a sua frente. Antes disso, ele já tinha feito seu sétimo gol no Brasileiro e entrado na briga pela artilharia da competição.
Quarteto invicto. O triunfo manteve uma escrita vitoriosa do quarteto ofensivo tricolor. Sempre que Kaká, Ganso, Kardec e Pato jogam juntos, o São Paulo vence.
Rogério líbero. Assim como havia acontecido no meio de semana, o goleiro jogou bastante adiantado e não hesitou em sair da sua área para cortar lançamentos do ataque do Sport. Isso tem funcionado bem, mas, por outro lado, o goleiro fica exposto a chutes por cobertura. Neto Baiano tentou surpreendê-lo uma vez, mas não conseguiu.   
Estreia. Foi o primeiro jogo como profissional do lateral direito Auro, formado na base são-paulina. Ele entrou ainda no primeiro tempo em substituição a Paulo Miranda, que sentiu uma lesão muscular. Jogou bem.

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