Demitido do Santos há uma semana, em decisão que surpreendeu os jogadores e torcedores, Oswaldo de Oliveira culpou a "impaciência, intolerância e precipitação" da diretoria do Santos pela saída de um trabalho que, apesar de não alcançar resultados, era bem avaliado por ele próprio. Nesta terça-feira, em entrevista ao SporTv, o comandante afirmou que o presidente Odílio Rodrigues estava sendo pressionado pela tomada da decisão.
"Depois da derrota para o Botafogo, o presidente me procurou e disse que, dados os resultados e a postura dos jogadores em campo, ele estava sendo pressionado por e-mail e... enfim, não resistiu e achou melhor a minha demissão", disse Oswaldo, convidado no programa Redação SporTv. A princípio, o treinador se mostrou receoso em abordar o assunto, mas não deixou de fazer críticas.
"Eu fiquei muito surpreso. Não esperava. Acho ruim falar. Vou falar de mim mesmo, dos meus defeitos e virtudes. Não acho interessante, mas acho que isso é o símbolo do que se vê no futebol: impaciência, intolerância, precipitação", explicou Oswaldo, que culpou também o fato de ser ano de eleição no Santos. "Na chegada ao clube dava para sentir que coisas desse gênero poderiam acontecer".
Oswaldo de Oliveira segue sem clube, enquanto o Santos foi assumido por Enderson Moreira. Na estreia no Campeonato Brasileiro, levou o time do litoral à vitória por 3 a 1 sobre o Vitória, no Pacaembu, em São Paulo. O Santos aparece na 9ª colocação da competição, com 26 pontos, 12 pontos atrás do G-4, zona de classificação para a próxima edição da Copa Libertadores.
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