quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dunga pretende usar remanescentes da Copa como referências

Dez jogadores que estiveram no fracasso brasileiro na Copa do Mundo ganharam a chance de defender novamente a Seleção Brasileira já nos primeiros amistosos sob o comando de Dunga. Oito deles serão titulares contra a Colômbia, nesta sexta-feira, em Miami. Para o comandante, eles servirão como alicerces para a renovação desejada a partir da demissão de Luiz Felipe Scolari.
“É importante a gente ter um referencial, um exemplo vivo do que aconteceu. Isso não é uma história que contamos. É realidade”, explicou Dunga, que quer aproveitar o exemplo negativo para liderar uma redenção no Mundial da Rússia. “Eles podem reescrever as suas histórias dentro da Seleção. Se pegarmos 1970, houve a mesma situação quatro anos antes (refere-se à eliminação precoce em 1966). Aconteceu conosco em 1994 (derrota para a rival Argentina em 1990). A história se repete em alguns momentos. Será assim desde que mudemos a nossa atitude em campo, a forma de pensar, de trabalhar.”
Para transformar o comportamento de alguns jogadores, Dunga terá de combater o trauma deixado pela humilhante goleada por 7 a 1 para a Alemanha na Copa disputada em casa. “Todos sentiram muito e ainda sentem. É uma ferida que ainda está aberta. Mas a oportunidade foi dada pela segunda vez. Às vezes, pensamos que a Copa é daqui a quatro anos, mas, quando fechamos os olhos, já passou. Eles não devem pensar tanto lá na frente. Cada um precisa dar o seu melhor para a Seleção e ser feliz. É preciso aproveitar sem medo, sem angústia. Só prazer”, discursou.


Os jogadores de confiança de Felipão que aproveitarão dois amistosos sob a chefia de Dunga serão Jefferson, Maicon, David Luiz, Marcelo (chamado para suprir o desfalque de Alex Sandro), Luiz Gustavo, Fernandinho, Ramires, Oscar, Willian e Neymar. Hulk também havia sido convocado, mas se lesionou e cedeu lugar a Robinho.
Em seu primeiro contato com esses dez atletas, Dunga aprovou a reação do grupo. “Cada um sente de uma forma. Mas, no geral, todos têm uma grande vontade de reescrever a sua história na Seleção Brasileira. Eles sabem do compromisso que têm, que é muito bom e legal estar na Seleção, mas que isso vem com um conjunto de cobranças”, concluiu o sucessor de Felipão.

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