O resultado – obtido com cruzamento de Cristiano Ronaldo e cabeceio de Varela – deixou a formação rubro-verde com um ponto, mesmo número de Gana, seu rival na última rodada do Grupo A. Alemanha e Estados Unidos, com quatro, dividem a primeira posição.
Para sobreviver, o time dirigido por Paulo Bento precisa ganhar, torcer por uma derrota norte-americana para os alemães e tirar uma diferença de cinco gols no saldo. Em caso de triunfo dos Estados Unidos, seria necessário ultrapassar a Alemanha no saldo – algo irreal, pois a diferença hoje é de oito tentos.
Os portugueses ganharam um gol de presente logo no início, em falha do beque Cameron aproveitada por Nani, mas erraram seguidamente pelo lado esquerdo da defesa, onde os Estados Unidos buscaram a virada. Praticamente no último lance, chegou o empate definitivo.
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Falha de Cameron põe Portugal na frente
A partida ainda era fria na quente Manaus, aos quatro minutos, quando Miguel Veloso fez um mau cruzamento da esquerda, por baixo. Cameron falhou fio na tentativa de cortar e viu Nani dominar na cara de Howard, que facilitou a vida do português caindo bem antes do chute. A bola entrou no alto.
Aos 15 minutos, logo após agressão de Beckerman em Raul Meireles ignorada pelo árbitro, Paulo Bento se viu obrigado a repetir substituição feita na estreia, trocando o contundido Hélder Postiga por Eder. E os norte-americanos, com dificuldade para entrar na área, começaram a apostar em chutes de fora, sem sucesso.
Embora houvesse equilíbrio na posse de bola e Cristiano Ronaldo atuasse mais livre, sem ficar preso à ponta esquerda, os portugueses pouco fizeram até uma estranha parada determinada pelo árbitro já aos 39. Nos minutos derradeiros do primeiro tempo, no entanto, a formação europeia esteve mais perto do segundo gol.
Norte-americanos viram pela direita e vacilam pelo alto
Portugal voltou do intervalo com o volante William no lugar do lateral esquerdo André Almeida. Era uma preocupação defensiva que levou Miguel Veloso à lateral, porém a alteração não deu o resultado esperado. Foi por ali que os Estados Unidos atacaram com frequência, construindo lances perigosos.
A primeira boa jogada da etapa final foi rubro-verde, em voleio de Eder após nova falha de Cameron, mas os norte-americanos ganharam terreno. Aos nove minutos, Zusi achou Johnson nas costas da marcação, pela direita, e o lateral avançou até a saída de Beto. Bradley recebeu sem goleiro, na pequena área, e bateu de primeira. Ricardo Costa se esticou, rebateu e evitou o gol quase certo.
Com a equipe dirigida por Jurgen Klinsmann no ataque, apareceu o espaço para os contragolpes. Ronaldo avançou no mano a mano após bom passe do ruim Eder e pegou muito mal na bola. Dois minutos depois, aos 18, Jones pegou rebote de escanteio – da direita, onde surgiam as principais jogadas – após mau cabeceio de Nani. Bateu de fora da área e acertou o cantinho esquerdo de Beto.
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Meireles apareceu na área para conclusão perigosa pouco depois, parando em Howard, e foi substituído por Varela na sequência. Klinsmann apostou em Yedlin, sacando Bedoya. E os norte-americanos foram mais felizes na busca pelo gol da vitória – que seria o da classificação, não fosse o vacilo no finalzinho.
Aos 35 minutos, em mais uma jogada pela direita, a bola chegou à área e sobrou para Yusi, que bateu para a pequena área. Dempsey completou para a rede de barriga. A equipe de branco protegeu a vantagem sem grandes sustos até os 49, quando Cristiano Ronaldo cruzou da direita, e Varela apareceu nas costas da zaga para marcar de cabeça.
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