As polêmicas acerca da partida entre Brasil e Chile, dentro e fora do gramado, continuam a repercutir um dia após o jogo no Mineirão. A Fifa, entidade superior do futebol, afirma que vai investigar minuciosamente as imagens do túnel que liga o campo aos vestiários durante o intervalo, já que, segundo membros da imprensa e da delegação chilena, o assessor da CBF, Rodrigo Paiva teria agredido fisicamente o atacante Maurício Pinilla após o término da primeira etapa.
A confusão teve início ainda dentro de campo. Logo após o apito do juiz, sinalizando o fim do primeiro tempo, houve um entrevero entre Fred e Gary Medel na saída do gramado. O episódio bastou para aflorar o ânimo de todos os envolvidos na partida decisiva.
A Fifa confirmou que tem imagens dos bastidores do campo para serem analisadas por especialistas. Somente depois de examinar as imagens, a entidade poderá proceder a fim de atribuir eventuais punições disciplinares.
Caso o ato de agressão de confirme, os envolvidos devem ser punidos de acordo com o que está previsto no código disciplinar da Fifa. As sanções vão desde o banimento em jogos até uma possível eliminação da competição. Entretanto, o fato do incidente ter ocorrido fora de campo já ameniza a situação quanto ao grau das punições.
Rodrigo Paiva negou qualquer agressão a um membro específico da delegação chilena. “Rolou uma discussão e uma aglomeração se formou, mas foi entre as comissões técnicas, não teve jogador envolvido. O assistente do Sampaoli (técnico do Chile) começou a xingar, houve troca de empurrões. A arbitragem viu e apartou”, comentou o assessor da CBF.
Sebastian Baccacece procurou minimizar o tumulto e diz só querer pensar em futebol. “Teve uma discussão normal, o árbitro esteve presente e ponderou as circunstâncias. O importante é falar de futebol, que é o que queremos”, declarou.
Na sexta-feira, durante entrevista coletiva de Felipão, Rodrigo Paiva já havia criado um mal estar ao responder a um jornalista chileno negando qualquer tipo de favorecimento da arbitragem à Seleção e pedindo respeito aos atuais pentacampeões.
Fernando Dantas/Gazeta Press
No cargo de assessor desde 2002, Rodrigo Paiva negou as acusações de agressão
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