Colaborou Pedro Lopes, do UOL, em São Paulo
O sócio do Corinthians Roberto Willian Miguel entrou na Justiça com uma ação para tentar obrigar o clube a mostrar documentos que comprovem as atividades de Luis Claudio Lula da Silva, filho de Lula, no Parque São Jorge.
Ele quer saber se Luis Claudio fez jus a mais de R$ 500 mil entre 2011 e 2013 ou se recebeu sem trabalhar.
Miguel, conhecido no clube como Libanês, já havia pedido documentos referentes ao filho de Lula para a diretoria, mas alega na ação que nem todas as suas solicitações foram atendidas. Assim, recorreu à Justiça para pedir a papelada que não foi apresentada.
Entre os documentos pedidos estão notas fiscais emitidas pela empresa de Luis Claudio, relatório dos negócios realizados e serviços prestados, relação de jogadores que ele representou ou representa no clube e comprovantes de pagamento.
Procurado, Rogério Mollica, diretor jurídico do Corinthians informou ao blog desconhecer a ação. Declarou também que o sócio já tinha pedido os documentos ao presidente Roberto de Andrade e que teve acesso a eles no departamento jurídico do clube.
O associado pede para serem dados cinco dias à diretoria para a exibição dos documentos sob pena de multa de R$ 5 mil diários, além de busca e apreensão. Agora ele aguarda manifestação da Justiça.
Suspeita
Na ação, os advogados de Libanês falam em suspeita “de desvio de dinheiro do clube através de contratos que não tiveram a respectiva contrapartida, fazendo com que o clube pagasse por serviços que não foram prestados”.
A desconfiança começou quando Luis Paulo Rosenberg, ex-dirigente que atuou no marketing corintiano, afirmou à Folha de S.Paulo não se lembrar de trabalhos realizados pelo filho de Lula no departamento.
Tanto clube como Luis Claudio negam que tenham existido pagamentos sem prestação de serviços.
Quais os documentos que o Corinthians já mostrou?
Miguel anexou na ação relatório sobre a papelada que foi exibida pelo clube a ele. De acordo com esses documentos, Luis Claudio foi admitido pelo Corinthians em agosto de 2009 com carteira assinada para ganhar R$ 15.000 por mês como auxiliar de preparação física. Sua demissão aconteceu em agosto de 2010, quando ele recebeu R$ 20.471,19 a título de rescisão contratual.
Em julho de 2011, o filho de Lula voltou ao clube por meio de contrato com sua empresa LFT Marketing Esportivo. O compromisso teria duração até setembro de 2012, mas foi prorrogado por Mário Gobbi, ex-presidente do clube, até o final de 2013.
A direção corintiana também informou ao associado que os objetos desse novo contrato eram “divulgação de projetos – formação de atletas”. A empresa recebia R$ 20 mil reais por mês.
Abaixo, veja documentos referentes à ação.
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