Dois times entram, um time sai. Neste caso, quem saiu foi o São Paulo. O drama da Raposa e do Tricolor, e a decisão de quem sairia da Libertadores extrapolou os 90 minutos, e só foi definida nos pênaltis. No tempo normal, os celestes devolveram o resultado do jogo de ida no Morumbi, 1 a 0, placar que deu mais emoção ao confronto no Mineirão, e mostrou um Cruzeiro mais eficiente vencendo nas penalidades por 4 a 3, avançando na Libertadores.
O gol do jogo no tempo normal foi anotado pelo avante Leandro Damião completando assistência de Mayke. Nos pênaltis marcaram os gols do Cruzeiro Marquinhos, De Arrascaeta, Henrique e Gabriel Xavier. No São Paulo, Rogério Ceni, Paulo Henrique Ganso e Centurión marcaram, mas Souza e Lucão desperdiçaram as cobranças eliminando o São Paulo.
Classificado na Libertadores, o Cruzeiro aguarda o vencedor do duelo entre Boca Juniors e River Plate para conhecer o adversário na sequência da competição continental. Já o São Paulo tenta encontrar forças para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, no segundo semestre para o Tricolor.
O jogo – Bem posicionado taticamente, o São Paulo impediu o Cruzeiro de exercer pressão nos primeiros minutos. A Raposa até agrediu, porém, sem conseguir as finalizações contra a meta de Rogério Ceni. Percebendo o empenho dos atletas em campo a torcida nas cadeiras do Mineirão procurou apoiar a equipe celeste.
Aos oito minutos, o time da casa teve uma boa chance com o volante Willians, que fez jogada individual e arriscou de fora da área, assustando o Tricolor. Aos poucos, o São Paulo começou a adiantar a marcação, tentado pressionar a saída de bola da Raposa, equilibrando o duelo no Gigante da Pampulha, que teve um pouco mais de posse de bola dos cruzeirenses.
Atuando pelos lados do campo, o time de Milton Cruz levou perigo ao Cruzeiro em alguns momentos, situação que preocupou o técnico Marcelo Oliveira, que procurou corrigir as falhas a beira do gramado. Do lado celeste, a velocidade de Marquinhos foi utilizada em excesso como alternativa para surpreender os defensores visitantes, que tiveram muito trabalho em todo o jogo.
O torcedor cruzeirense chegou a prender a respiração aos 25, quando Willian recebeu com liberdade na entrada da área e finalizou colocado, a bola caprichosamente passou sobre o travessão de Ceni, em um grande momento de um excelente jogo na capital mineira. No duelo tático, os dois times procuraram as fragilidades do adversário, forçando o erro para obter a posse de bola.
Como o confronto tinha um caráter decisivo, o nervosismo foi um ingrediente que não poderia faltar no Mineirão. O semblante de tensão dos atletas foi visível, gerando, inclusive, reclamações excessivas contra a atuação da arbitragem, como no lance que Reinaldo derrubou Leandro Damião, e o avante celeste cobrou o cartão amarelo, que seria os segundo do lateral do São Paulo.
Na volta para o segundo tempo, o Cruzeiro foi para cima do adversário, pressionando a saída de bola e criando dificuldades para a equipe do Morumbi. Quando conseguia recuperar a posse de bola, o Tricolor não abdicava de atacar, porém, em ritmo mais cadenciado, esperando o momento certo para tentar encaixar a jogada perfeita.
Apresentado falhas na marcação, os visitantes deram muitos espaços para os cruzeirenses, que não conseguiram aproveitar as chances que tiveram. Aos seis minutos, Marquinhos foi lançado em profundidade e bateu cruzado, mas o tiro saiu pela linha de fundo com enorme perigo, acordando a torcida no Mineirão.
Logo na sequência, brilhou a estrela do artilheiro Leandro Damião, que aproveitou assistência perfeita de Mayke e completou para as redes, levando a China Azul à loucura no Gigante da Pampulha. Com a abertura do marcador, o duelo ganhou em emoção, com o São Paulo adiantando as linhas de marcadores deixando o clássico nacional completamente aberto.
Aos 28, Bruno foi à linha de fundo e cruzou com perfeição para Luís Fabiano, que errou o alvo por pouco, em um grande momento do Tricolor. O Cruzeiro deu a resposta logo em seguida, com os dois times se expondo e correndo riscos para tentar a classificação. Como o placar não trabalhou mais, o drama permaneceu após apito final na decisão por pênaltis.
A primeira cobrança foi do São Paulo com o goleiro Rogério Ceni que converteu. No Cruzeiro, a batida ficou com Leandro Damião, que mandou no canto direito, mas Rogério Ceni fez a defesa colocando o Tricolor em vantagem. Na sequência Ganso para os paulistas e Marquinhos para os mineiros converteram as penalidades.
Souza isolou para o Tricolor e deu esperanças para os cruzeirenses, que deixaram tudo igual com De Arrascaeta. Luis Fabiano perdeu para o São Paulo enlouquecendo o torcedor no Mineirão, que foi ao êxtase total com Henrique fazendo 3 a 2 para a Raposa. Na última batida do São Paulo, Centurión fez o 3 a 3, e Manoel teve a chance de classificar o Cruzeiro, mas Rogério Ceni salvou garantindo as cobranças alternadas.
Coube a Fábio defender a batida de Lucão dando mais uma chance para o Cruzeiro avançar com Gabriel Xavier que marcou garantindo o Cruzeiro nas quartas de final da principal competição de clubes das Américas em festa enorme no Mineirão.
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