Em 11 de dezembro passado, o BB seguiu as orientações da CGU e suspendeu pela primeira vez a remuneração.
Pouco depois, em 19 de janeiro, o BB assinou um aditivo retomando o contrato e estipulando o prazo de 90 dias para que a CBV cumprisse as medidas saneadoras determinadas: implantação de um novo Regulamento de Contratações; a criação de um Comitê de Apoio ao Conselho Diretor da CBV com participação de representantes da comunidade do vôlei; a reformulação do Conselho Fiscal; definição de parâmetros para pagamento de bônus de performance a atletas; criação da Ouvidoria e, por fim, a mais significativa, a implementação de medidas que busquem ressarcir a Confederação dos serviços contratados sem a devida comprovação da execução.
Passados os 90 dias, o BB, em resposta a abordagem da reportagem sobre a nova suspensão, enfatizou, através da assessoria de imprensa, o "não cumprimento das obrigações" por parte da CBV. "O Banco do Brasil segue acompanhando a implantação das medidas previstas no aditivo contratual e aguarda a demonstração que comprove o cumprimento de todas as ações adotadas pela CBV, de acordo com as recomendações da CGU.Tendo em vista o encerramento do prazo de 90 dias previsto no aditivo contratual, e o não cumprimento de parte das obrigações, o Banco do Brasil suspendeu os pagamentos referentes aos contratos de patrocínio ao vôlei e condiciona a retomada dos pagamentos à efetiva implantação das medidas acordadas".
Sem cumprir o prazo, a CBV parece distante de mostrar a disposição da nova gestão em se afastar das práticas anteriores, o que acarretou a nova suspensão. Uma das medidas mais fundamentais é a "implementação de medidas que busquem ressarcir a Confederação dos serviços contratados sem a devida comprovação da execução", o que passa necessariamente por busca judicial dos novos gestores contra a gestão anterior, da qual muitos faziam parte.
DIVULGAÇÃO
Na ocasião da primeira suspensão, o BB afirmou em nota que "parte das medidas apontadas pela CGU foram previamente identificadas pelo BB e constam de aditivo contratual que foi negociado com a CBV, porém sem resposta final por parte da Confederação. O Banco do Brasil reitera que não irá compactuar com qualquer prática ilegal, ou que seja prejudicial ao esporte e à comunidade do vôlei, e entende ser necessário que a CBV adote novas práticas de gestão que tragam mais disciplina e transparência à aplicação dos recursos."
Já a nota de então da CBV parece ter se desfeito no ar depois dos noventa dias. "A determinação do presidente da CBV, Walter Pitombo Laranjeiras, é para o cumprimento integral das medidas sugeridas pela Controladoria Geral da União. O esforço agora é para implementar aquelas que são essenciais para a melhoria do voleibol brasileiro, a exemplo da criação do Conselho de Apoio à CBV, formado por atletas, técnicos e a comunidade do voleibol." Até aqui não foram implementadas.
Até aqui, as mudanças se ativeram a entrada de novos cartolas na gestão, incorporados a outros da antiga diretoria, como foi mostrado aqui.
A CBV, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que "não foi informada sobre a interrupção de pagamento do patrocínio do Banco do Brasil. Portanto, não há nada a ser dito sobre o assunto".
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