Oswaldo de Oliveira gostou do que viu na estreia de Gabriel Jesus como profissional do Palmeiras. O treinador atendeu ao pedido da torcida para colocá-lo em campo na vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino, no Palestra Itália, e elogiou o atacante de 17 anos, mas mostrou preocupação de protegê-lo da euforia ao seu redor.
Esperança do clube, Gabriel teve bons momentos em pouco mais de 20 minutos. Houve quem lembrasse que a primeira vez de Neymar nos profissionais também foi em um 7 de março, em 2009, mas o comandante alviverde pediu calma, avisando que o garoto não será relacionado para o clássico contra o Santos, na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro.
“Fico um pouquinho preocupado. Sabe, acho que o entorno ainda é muito pesado para ele. Mas é bom porque ele vai criando anticorpos, né? Foi bom, eu gostei. Ele teve uma participação dinâmica, fez algumas coisas diferentes. Acho que foi um primeiro passo interessante para o Gabriel”, comentou Oswaldo.
“A gente tem uma expectativa muito positiva, muito otimista, mas temos que resguardá-lo, tomar os cuidados que são convenientes com menino da idade dele, que de repente se vê cercado dessa euforia, dessa aclamação, sem ter produzido coisa alguma. Até para ele é difícil de entender o que está se passando”, acrescentou.
O treinador apontou que Gabriel Jesus “é um garoto centrado, muito bacaninha”, apostando que ele vá lidar bem com o momento de transição para a equipe de cima do Palmeiras. Disse ainda que ele tem “duas propriedades importantes para o craque, a coragem e a humildade”, antes de reiterar que sua inserção no time será paulatina.
Djalma Vassão/Gazeta Press
“Eu estou muito bem preparado para isso. É uma situação com que já sei lidar bastante, é recorrente na minha carreira. É uma coisa que aprendi a administrar. Sei exatamente como é essa progressão”, disse Oswaldo, citando até sua experiência com atletas em desenvolvimento no Catar.
“Se tem uma coisa que sei fazer, é observar isso. O pessoal vai ter que ter um pouquinho de calma, porque só vou fazer na hora em que achar que tenho que fazer, em que pesem a aclamação e os pedidos. Diferentemente do emocional, o treinador tem que ter o racional para controlar esse tipo de coisa”, concluiu o comandante.
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