Andrés Sanchez fez questão de aparecer ao lado do candidato a presidente Roberto de Andrade e dos candidatos a vice, André Negão e Jorge Kalil, em campanha para doação de sangue neste sábado, no estádio de Itaquera. E pode estar ainda mais próximo da chapa favorita a vencer a eleição em fevereiro. O ex-presidente admite virar diretor de futebol e aproveitou entrevista coletiva para atacar o São Paulo.
Andrés avisa que a briga entre o ex-presidente Juvenal Juvêncio e o atual mandatário, Carlos Miguel Aidar, ainda terá episódios piores. “Quando falei há três anos, ninguém acreditava. Calma que vem mais coisa. Pensa que acabou? Vem de ambas as partes”, disse, lembrando as acusações de que a namorada de Aidar lucra com contratos no Tricolor. “No Corinthians, iríamos todos presos. Por lá, é normal.”
Pensando mais no Timão, o dirigente, eleito deputado federal, pode aceitar a proposta de Roberto de Andrade para assumir a diretoria de futebol. “Ele me convidou, mas vamos ver mais para frente. Eu só faço o ruim do Corinthians. O bom é feito pelos outros”, ironizou, já descartando eliminação antes da fase de grupos da Libertadores, como ocorreu em sua gestão diante do colombiano Tolima, em 2011.
“O raio não cai duas vezes no mesmo lugar. A culpa foi minha e dos jogadores, mas já foi falado agora para eles se cuidarem nas férias. E vamos ser zebra em um grupo forte, com o ‘papa-Libertadores’, que é o São Paulo, ganhou tudo, e o San Lorenzo, atual campeão. Vamos, humildes, tentar a classificação”, afirmou, mantendo-se irônico.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Ainda sobre o futebol, desconversou sobre a “trairagem” apontada por Mano Menezes ao sair do clube. “O futebol está cheio de traíra, é o que mais tem. Um dia é ele, outro dia sou eu, faz parte do processo, infelizmente. Até me expressei mal. Quando começou a onda que o Mano tinha que ir embora, tinha que renovar ou tirar. Não pode ficar quatro meses sem saber se vai ficar”, sugeriu, sem esconder seu poder no clube.
“Dizem que sou dono do Corinthians, mas interfiro no que me cabe. Se tenho poder no clube é porque fiz por merecer. Tem gente que quer administrar a 100 km de distância. Não dá, tem que estar lá. Mas, quanto mais candidato, mais democrático é. Os sócios vão definir o que acharem melhor”, declarou.
Por enquanto, o trabalho de Andrés Sanchez é para concluir as obras que restam no estádio, como lanchonetes e área de eventos, e também terminar a venda de camarotes e cadeiras. Sua estimativa é de que a arena estará 98% pronta até março e, em breve, recebendo de alguma empresa para carregar seu nome. “O naming rights está atrasado há dois anos, mas estamos negociando. Esperamos fechar nos próximos meses”, indicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário