Confiando apenas na teoria de transformar o Palmeiras em protagonista sempre que entrar em campo, Ricardo Gareca pouco treinou ou se esforçou para se aproximar do elenco e acabou demitido após 13 partidas. Dorival Júnior chegou para evitar o rebaixamento no Brasileiro e, com um jogo a mais e participação mais ativa nos treinos, já supera o antecessor em nove pontos. Baseado, principalmente, na relação com os atletas.
Os jogadores sorriem ao falar do técnico. Dorival chegou a ser volante do Verdão e lembra o período como atleta no dia a dia, até enfrentando chuva para trocar passes e fazer embaixadas com seus comandados. Bem diferente de Gareca, centroavante da seleção argentina na década de 1980, mas que aparecia mais no gramado da Academia de Futebol para fazer abdominais e exercícios físicos isoladamente enquanto esteve no Palmeiras.
Fica claro como Dorival agrada mais com sua postura. “Ele gosta muito de bater na bola, brincar com a gente. Fala a linguagem do futebol, foi atleta. Não o vi jogar, mas dizem que foi excelente. E faz o que gosta. Como foi um excelente profissional, é um excelente treinador”, elogiou Renato, fã confesso do chefe.
“A chegada do Dorival foi muito importante. Fez um trabalho muito psicológico, conversando e motivando bastante. Foi fundamental unir o grupo novamente de uma forma em que todos sempre entram em campo com muita determinação para sair com a vitória, independentemente do adversário. Graças a Deus, faz um bom trabalho e nos ajuda bastante”, comemorou o volante.
Montagem sobre fotos Gazeta Press e Divulgação
Em 13 jogos, Gareca não foi além de quatro vitórias, um empate e oito derrotas, saindo com 33,3% de aproveitamento. Já Dorival alcançou seis vitórias, quatro empates e quatro derrotas, com aproveitamento de 52,3% que deixa o Palmeiras a cinco pontos da zona de rebaixamento, a seis rodadas do fim do Brasileiro.
“O Gareca não deu certo aqui porque, como nós, precisa de um período de adaptação. Mas teve menos tempo do que nós, que não vamos sair da equipe se não dermos resultados rapidamente. Como não tinha resultado com ele, não ficou”, lamentou Allione, contratado por indicação do técnico argentino.
“Dava para se notar que era um bom treinador, não é à toa que foi campeão tantas vezes na Argentina. Mas, no futebol, nem sempre acontece o que queremos. Infelizmente, os resultados não vieram, essa é a verdade. A autoestima ficou baixa e estava difícil recuperar. O Dorival chegou, mudou algumas coisas e deu certo. Sem muito segredo, deu confiança e pôs em prática o futebol de todos”, simplificou Diogo.
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