Os quatro grandes clubes cariocas estão entre os cinco devedores de tributos do futebol brasileiro. Análise da consultoria BDO, publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", revela que Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense têm as maiores dívidas tributárias, junto com o Atlético-MG, que ocupa a quarta posição na lista (assista ao vídeo).
O Flamengo encabeça a relação, com valor devido estimado em R$ 386,4 milhões, seguido pelo Bota (R$ 350,9 mi) e o Vasco (R$ 270,9 mi). O Galo tem débito de R$ 258,8 milhões. O Tricolor é o quinto, com R$ 238,6 milhões (confira a lista completa na tabela abaixo).
Das 24 clubes citados no estudo, apenas quatro conseguiram diminuir sua dívida com tributos de 2012 para 2013. O Fla foi um deles, com queda de 5%. Corinthians (3%), São Paulo (3%) e Sport (21%) também reduziram seus débitos.
As posições no ranking se repetem também quando se fala do endividamento líquido. O Flamengo tem compromissos a pagar de R$ 759,4 milhões, à frente do Botafogo (698,1 mi), Vasco (518,4), Atlético-MG (438,4) e Fluminense (422,7).
Apenas cinco dos 24 clubes relacionados na pesquisa apresentaram superávit em 2013 (receitas maiores que as despesas): São Paulo, Criciúma, Ponte Preta, Corinthians e Vitória.
O Botafogo teve o segundo maior déficit, com R$ 80,29 milhões. O pior resultado foi apresentado pelo Bahia, com R$ 113 milhões de despesas maiores que as receitas, segundo a consultoria BDO.
Quando se considera o endividamento com empréstimos, o maior valor é do Atlético-PR, com R$ 210,4 milhões. Valor diretamente relacionado à verba obtida para a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. Em seguida, estão Atlético-MG (R$ 172,7 mi), Flamengo (R$ 112,3), Botafogo (R$ 95,2) e São Paulo (R$ 92,8).
Uma das medidas estudadas para o pagamento das dívidas é a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que deve ser votada em regime de urgência no Congresso Nacional, na próxima semana. O projeto prevê o parcelamento dos valores devidos. Caso os clubes continuem não cumprindo seus compromissos financeiros, uma contrapartida provável seria a perda de pontos no Campeonato Brasileiro. O rebaixamento sumário em função do não cumprimento das responsabilidades acabou sendo descartado em reunião entre representantes do governo, presidente de clubes e a CBF.
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