Fernando Prass acertou com o Palmeiras em dezembro de 2012, mês seguinte ao rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro, e usará a melhora financeira do clube na negociação pela renovação de seu contrato. O goleiro tem vínculo até 31 de dezembro e quer ficar, mas deseja também uma valorização e entender o modelo de produtividade que o presidente Paulo Nobre adota desde o ano passado.
“O meu contrato é da gestão antiga, mas de um momento em que o Palmeiras estava com a corda no pescoço em termos financeiros. Hoje está em situação muito melhor, tanto que fez grandes investimentos”, comentou o jogador de 37 anos, com 132 jogos pelo clube.
Nenhum outro atleta do elenco atual tem tantas partidas pelo Verdão como Fernando Prass. Mas o goleiro foi contratado quando o presidente ainda era Arnaldo Tirone e, em 2013 e 2014, foi desfalque por contusão. Agora, para assinar contrato pelo período que ele e a diretoria acordarem, quer compreender o modelo no qual o salário aumenta de acordo com a frequência em campo.
“A diferença está no contrato. O tempo de contrato é o menos problemático. O modelo de produtividade que precisa ser definido”, falou, controlando as palavras para não colocar a produtividade como empecilho. “Sou um cara bem tranquilo e tenho noção de que, se eu jogar bastante, mereço ganhar mais. Se eu não estiver em condições de jogar, o salário tem que ser proporcional. Isso não será problema nenhum.”
Prass já deixou claro seu desejo de acertar a renovação o mais rápido possível e manifestou otimismo pela reunião entre seus representantes e a diretoria, na última terça-feira. A impressão do goleiro é de que a renovação é questão de tempo, pois o Palmeiras também pretende ampliar o seu contrato.
“Se não tivesse nenhuma aresta para aparar, já teria saído. Só não saiu porque tem algumas diferenças. Mas estou aqui há três anos, conheço a realidade do clube, não sou maluco. Pela minha vivência do clube, são diferenças pequenas para se aparar. Com boa vontade das duas partes, conseguiremos resolver”, apostou.
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