Por Marc Souza
O futebol brasileiro está medíocre.
Beira ao ridículo. A alcunha de melhor
futebol do mundo (e a forma de jogar como) há muito se perdeu. Dissipou-se. Não
He sequer resquícios deste futebol, que um dia, foi jogado. Não há, sequer, uma
luz no final do túnel.
É tão verdade isto, que, há muito a
seleção brasileira de futebol, não demonstra um futebol convincente, e, o que é
pior, nos últimos anos colecionou más atuações e vexames.
No exterior, os jogadores brasileiros,
antes contratados a peso de ouro, salvo raríssimas exceções, estão sendo
negociados a preços baixos. Negociados como jogadores comuns (não mais como
craques) e, na maioria das vezes, são contratados para compor elenco e não mais
como a estrela. Isso quando não são contratados por mercados emergentes e de
qualidade duvidosa, muito duvidosa por sinal, como os campeonatos dos Estados
Unidos, China, Ucrânia e de países do Oriente Médio dentre outros.
Neymar, o melhor jogador brasileiro da
atualidade é coadjuvante no Barcelona que tem o argentino (logo um argentino)
Lionel Messi como estrela maior.
No Brasil a situação ainda é pior (mas
dá?). O campeonato brasileiro há muito está terrível, ruim de dar dó. Um
campeonato carente de craques. Carente de criatividade. Um campeonato com uma mesmice
incômoda. Mais do mesmo.
Um campeonato recheado de quase
ex-jogadores e, jogadores que não conseguiram fazer sucesso no exterior. Um
campeonato nivelado, equilibrado, mas, por baixo.
Em sua maioria o que vemos no
campeonato brasileiro são times que vão totalmente contra o futebol brasileiro,
times burocráticos, sem criatividade alguma. Muitas vezes os jogos são
simplesmente a disputa de 22 pessoas que se digladiam para colocar uma bola
dentro do gol do adversário. Não há tática. Não há técnica. Não há
criatividade.
Os times são instáveis e sem
identidade.
O futebol brasileiro está em crise,
mas uma crise total. Não somente uma crise de identidade como dizem alguns, mas
uma crise total, por que o futebol brasileiro não apresenta qualquer
identidade.
Vejamos o líder do campeonato o Corinthians.
O time corintiano tem o melhor conjunto do campeonato brasileiro, e isso é só.
Seu grande jogador é Elias. Não precisa ser especialista para saber que Elias
está longe de ser um craque, o “cara” do time. Apesar de ser figura constante
nas ultimas convocações da seleção brasileira, e de ter vários clubes,
brasileiros, querendo-o como jogador, Elias é um jogador mediano, de grupo, mas
nunca foi um craque. Inclusive, quando foi para a Europa Elias passou muito
longe do sucesso.
Destaque dos últimos anos no
Brasileirão e convocado para defender a seleção brasileira nos próximos
amistosos, outro jogador que vem sendo muito comentado é o meio campista Lucas
Lima. Lucas Lima é um sopro de criatividade no futebol burocrático do
brasileirão, mas sua inexperiência faz com que oscile muitos nos jogos, sem
contar que o clube que defende, o Santos, namorou por várias rodadas a zona de
rebaixamento do campeonato.
Fora isso não há mais nada a falar.
Não temos destaque. Não temos times a destacar. Para “ajudar” ainda há vários
jogadores estrangeiros jogando o brasileirão, jogadores quem em nada contribui
para a qualidade técnica dos nossos jogadores (a maioria são jogadores de
segunda linha e que sequer fazem partes de suas seleções, com algumas exceções,
claro), e ainda pioram a “crise” de identidade do nosso futebol, deixando, em
dúvida, os meninos que possam vir a ser o futuro do nosso campeonato e da nossa
seleção.
Um dia disseram que nosso futebol era
o melhor do mundo (e foi) e acreditaram. Acreditaram tanto, que mesmo hoje,
longe de sê-lo, ainda acham. No entanto, os frutos desta árvore já se acabaram.
Ficou somente o sonho. Ou uma arrogância.
O futebol nacional tem que acordar
urgente deste sonho. Cair em si. Não há mais frutos na árvore. Resta regá-la
novamente, alimentá-la, ou, até mesmo, plantar outra árvore. Para que o fruto
nasça forte, bom, o melhor.
Deve-se esquecer o passado e as
glórias que já se foram. Ou corre-se o risco de mergulhar de vez no pesadelo da
mediocridade. E acordar em um mar de lama tão profundo, mas tão profundo, que
os sete a um contra a Alemanha será só mais uma, de uma série de vergonha e
decepção do que um dia foi o melhor futebol do mundo.
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