A Prefeitura de São Paulo pretende
privatizar a administração do Estádio do Pacaembu. Na última terça-feira, a
Secretaria Municipal de Esportes lançou um chamamento público para empresas que
tiverem interesse em administrar o local através do modelo de concessão, além
de se responsabilizar por obras dentro e no entorno do estádio.
- Existe alguém na cidade que possa ser
parceiro da Prefeitura para que a gente possa transformar o Pacaembu em uma
arena moderna que possa competir com as demais arenas da cidade e do país? Essa
é a consulta, por isso o chamamento - explicou o secretário municipal de
Esportes Celso Jatene ao site G1.
O temor da Prefeitura de São Paulo é
que o Pacaembu fique sem utilização, uma vez que Palmeiras e Corinthians, que
tinham o costume de mandar jogos no local nos últimos anos, possuem agora seus
próprios estádios. Com isso, a manutenção do espaço poderia gerar prejuízos aos
cofres públicos.
Com o chamamento público, as empresas
interessadas na concessão terão 20 dias, contando a partir da terça-feira
passada, para a inscrição. Após o período, serão outros dez dias para
avaliações. Feita as escolhas, os concorrentes terão 90 dias para apresentarem
seus projetos. De todo modo, uma decisão final sobre o assunto só sairá após
debate na Câmara Municipal. A população poderá participar também de audiências
públicas.
- Isso não pode ser uma decisão
burocrática, tem de ser uma questão participativa, que respeite o bairro e a
cidade. Vamos deixar os moradores, clubes e empreendedores se manifestarem e
vamos levar ao conhecimento público e da Câmara quais as possibilidades e a
sociedade quem vai decidir - afirmou o prefeito Fernando Haddad.
Vale lembrar que o nome do Pacaembu
(Paulo Machado de Carvalho) não poderá ser alterado. Outro ponto importante é
que a administração municipal poderá utilizar o espaço em até dez eventos
durante o ano (vale lembrar que só podem ser realizados eventos esportivos,
devido a uma liminar obtida na Justiça pela associação Viva Pacaembu por São
Paulo). Além disso, o Museu do Futebol não fará parte da concessão.
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