Torcedores de São Paulo e Corinthians entraram em confronto na noite desta quinta-feira, após o clássico entre as equipes, válido pela semifinal da 46ª Copa São Paulo de Juniores. O compromisso, antes marcado para Barueri, foi modificado para Limeira por questões de segurança. Entretanto, nem mesmo a nova sede foi capaz de impedir os contornos violentos, que deixaram a classificação do Timão em segundo plano.
Após a vitória corintiana por 3 a 0, era esperado que a Polícia Militar mantivesse os torcedores são-paulinos no estádio, até que todos os corintianos saíssem. Todavia, não foi o que ocorreu. Os adversários deixaram o palco esportivo simultaneamente e se enfrentaram com pedaços de madeira e pedras, nos arredores do estádio Major José Levy Sobrinho.
Depois do conflito inicial, a Polícia Militar interveio, utilizando bombas de efeito moral. Assim, agrupados, os torcedores correram e se dispersaram pela cidade, que recebeu um cronograma diferenciado para suportar o clássico. O esquema de segurança implementado nas rodovias fez com que vários ônibus, que traziam os fãs, chegassem ao palco com o jogo em andamento.
O compromisso teve 14 mil ingressos divididos de maneira equitativa entre os torcedores. Durante a partida, o setor central das arquibancadas do campo ficou vazia, controlada por um cordão policial. O público pagante registrado foi de 10.065 pessoas.
Falha de logística e inexperiência
Diretor de segurança da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marcos Marinho disse ter tomado ciência do ocorrido pela imprensa, e não descartou uma falha de logística para justificar o confronto entre corintianos e são-paulinos.
“Foi feito trabalho de planejamento, orientação, escolta, tudo planejado para não acontecer. É uma falha de final de evento, faltou talvez atenção maior na abertura dos portões. Tudo foi conversado. A torcida é que precisa mudar seu comportamento”, sintetizou Marinho, em entrevista à Rádio Globo.
Marinho detalhou que o contingente presente em Limeira foi composto por tropas da região interiorana – como Piracicaba –, e também salientou uma possível inexperiência por parte dos policiais. “Ainda bem que houve ação pronta. Assim, não houve maiores consequências”, finalizou.
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