O zagueiro Lúcio, capitão do Palmeiras, falou grosso nesta sexta-feira. Ele pediu desculpas pela "vergonhosa" campanha do clube, que não vence há dez rodadas e ocupa a lanterna no Campeonato Brasileiro, e afirmou que nem todos estão comprometidos no elenco alviverde.
- Não só eu, como todos os jogadores têm de pedir desculpa, porque o papel que estamos desempenhando nesses últimos jogos tem sido vergonhoso. Temos que ter mais caráter em campo. Futebol é coletivo, não adianta metade do time correr e outra metade não. Esse é o nosso pedido de desculpa para o palmeirense. Todos os jogos serão decisões, porque nosso objetivo a partir de agora, é bem claro, é não ser rebaixado - admitiu.
- O que a gente procura fazer é motivar, passar credibilidade, fazer com que cada um acredite no seu futebol. Mas aí vem uma outra questão: a questão de quem quer lidar com isso, quem quer aceitar essa motivação, aceitar essa mudança, receber bons conselhos, palavras de motivação e quem quer se dedicar. Não adianta mil e uma palavras se na cabeça de alguns jogadores entra de um lado e sai do outro. Depende da personalidade, do caráter e da personalidade - acrescentou o camisa 3.
Lúcio afirmou que não percebeu jogadores fazendo "corpo mole" no dia a dia e disse que o grupo não está rachado, mas sustenta que os resultados provam que algo está errado no ambiente do Palmeiras. Segundo ele, quem precisa cobrar é a diretoria:
- Não sou eu que estou falando, não é o que eu acho, são fatos. Se o time está em último, muitas coisas estão erradas. Não vou brigar com ninguém, mas cada um tem que ser homem o bastante de se analisar, saber que tem milhões de torcedores sofrendo. Tem muitos jogos, mas não podemos esperar.
- Todo jogo a gente procura passar o que representa. Em alguns momentos, nossa equipe não rendeu o suficiente. Essa conversa é diária, é antes do jogo, depois do jogo. Mas não adianta você querer colocar na cabeça de cada jogador, forçar o jogador a ter uma atitude correta. Cada um tem que analisar. E quem pode cobrar tem que cobrar. Esse comprometimento e essa responsabilidade não cabem ao capitão e nem a um outro líder, cabem mais ao treinador, diretoria, às autoridades do clube.
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