Após dois anos com rombos nas finanças, o São Paulo fechou o ano de
2016 com superávit de R$ 1 milhão. A informação é do diretor financeiro
do clube, Adilson Alves Martins. Isso foi possível com aumento de
receita e redução de despesa. Há uma melhora financeira do clube, mas a
situação ainda não está resolvida visto que foi necessário recorrer a
empréstimos no final de 2016.
Nos anos de 2014 e 2015, o São Paulo
acumulou déficit de R$ 180 milhões. Com isso, houve um inchaço da
dívida que atingiu R$ 359 milhões no final do ano passado. Durante 2016,
a diretoria tentou reduzir esse passivo, usando o aumento de renda.
No
total, o clube teve uma receita de R$ 380 milhões ao final de 2016.
Desse valor, R$ 105 milhões foram obtidos com a negociação de jogadores,
quatro vezes mais do que o previsto inicialmente. Negociações como as
de Ganso e Allan Kardec fizeram a diferença. Uma renda líquida de R$ 22
milhões na Libertadores ainda turbinou os cofres. Ainda assim, a receita
está abaixo de Palmeiras e Corinthians em 2016.
''Esse é o
principal conceito (aumentar receita e reduzir despesa). Se queremos
fazer uma gestão para melhorar o clube, não tem como ter déficits como
os de 2014 e 2015. Conseguimos ter um superávit esse ano (2016) e vamos
prever um déficit de R$ 4 milhões para 2017″, contou Adilson.
''É
uma ideia que mantenha a mesma linha. Até para termos cuidado e ninguém
se acomodar e achar que estamos resgatados. Nós previmos R$ 10 milhões
de déficit esse ano (2016) e fechamos com superávit.''
Ainda
assim, no final do ano, a atual diretoria tentou aprovar um novo
contrato de televisão com a Globo pelo Brasileiro para receber luvas
antecipadas. O Conselho Deliberativo rejeitou alegando que comprometeria
o futuro. Os dirigentes, então, tiveram de adotar outra solução para
pagar as contas de 2016.
''O objetivo era pagar dívidas
antecipadas. Então, fizemos uma solução com mix. Fizemos um novo
empréstimo e ao mesmo tempo jogamos uma parte da dívida para depois'',
contou Adilson.
Segundo ele, em 2016, a dívida bancária ficou em
R$ 145 milhões. Ou seja, inferior aos R$ 170 milhões do final de 2015,
mas acima do meio do ano, justamente pelo novo empréstimo. Adilson
estimou que o clube economizou R$ 20 milhões de pagamento em juros
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