- Alvaro Barrientos/AP
A fama de Neymar começou logo no primeiro jogo entre os times em 2013 pelo Campeonato Espanhol. O brasileiro foi alvo de polêmica na derrota do Barça por 1 a 0 ao sofrer falta dura de Ander Iturraspe e ser acusado de simulação de dor.
Só que o auge da raiva por parte da torcida do Athletic de Bilbao foi a carretilha aplicada na vitória por 3 a 1 do Barça na final da Copa do Rei em 2015. "Que se irritem. Sou assim e não vou mudar", disse Neymar à época.
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"Acima da racionalidade, nós somos sentimentais. Atualmente há um relacionamento político bom entre bascos e catalães, mas no futebol o Neymar é quem representa a rivalidade entre os times hoje. Nos irritou perdemos a final, assim como o 6 a 0, e a maneira como ele se comportou. Ele precisa mudar a maneira de agir para ter nosso respeito", explicou Luis Fernandez Bengoa, de 36 anos, sócio e seguidor do Athletic de Bilbao desde criança.
No confronto de ida das oitavas de final, Neymar foi muito vaiado a cada vez que tocava na bola. A atuação foi boa, ganhando vários duelos individuais e sendo caçado em campo. Foi o brasileiro que sofreu as faltas que originaram as expulsões de Raul Garcia e Ander Iturraspe.
"Em Bilbao todos são muito quadrados. Tem a filosofia do futebol de força, chutões e cabeçadas. Quando chega o confronto com gente que joga com arte há um choque gigante. O Neymar será sempre a atração do duelo", prevê o jornalista catalão, Bruno Alemany, dá rádio Cadena Ser.
O rancor do Bilbao com Neymar lembra o de Iniesta antes da chegada do brasileiro. A fúria com o meia do Barça se deve muito ao campo político. Em uma região separatista, o gol do título da Copa do Mundo da Espanha em 2010 é mal visto.
"A torcida do Atlético de Madri também tem bronca do Neymar por causa de provocações, dribles. Mas posso dizer que a do Bilbao é a que mais nutre um sentimento de raiva dele no momento. O Iniesta deixou de ser o maior perseguido. Será um teste complicado para quem já mostrou descontrole emocional algumas vezes como o Neymar", apontou o jornalista Roger Torrelo, do Mundo Deportivo
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