O futuro técnico da seleção brasileira tem que representar reformulação e modernidade. Esse é o desejo da cúpula da CBF, que decidiu não manter Luiz Felipe Scolari. Segundo interlocutores de José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira, e Marco Polo Del Nero, eleito para sucedê-lo a partir de abril do ano que vem, a dupla ainda não tem um nome preferido para assumir o time nacional.
Tite, ventilado nos últimos dias, é visto com reserva pelos cartolas da CBF. A avaliação inicial é de que ele não representa modernidade e que o ex-corintiano faz parte da escola gaúcha, em baixa após a atuação de Felipão nesta Copa do Mundo. Por enquanto, não existe a intenção de trazer um técnico estrangeiro. A análise é de que a medida sofreria rejeição por parte da imprensa e da torcida.
A ideia, de acordo com interlocutor dos dois dirigentes, é ouvir a opinião de formadores de opinião antes de definir o novo nome. A CBF quer um técnico que tenha aprovação popular. Por isso, não há expectativa de que a definição aconteça rapidamente. Segundo os cartolas ainda não há um nome de consenso para assumir a equipe nacional.
Mais do que simplesmente trocar a comissão técnica, os dirigentes querem promover uma reestruturação profunda na seleção brasileira. A palavra de ordem é definir uma nova filosofia de trabalho no time nacional. Nesse cenário, a volta de um diretor de seleções está em pauta. O cargo foi criado por Ricardo Teixeira para Andrés Sanchez e desativado após a saída dele, já durante a administração Marin.
Desde a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, a direção da entidade também fala em reformular as categorias de base da seleção. Antes do vexame contra a Alemanha, Alexandre Gallo era tido como o nome certo para comandar as equipes inferiores. As duas últimas derrotas colocaram em dúvida também o trabalho do atual coordenador da base, que atuou como observador dos adversários da seleção na Copa do Mundo.
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