O blog teve acesso à carta que o Santos enviou no último dia 29 para o Barcelona avisando sobre a proposta da Internazionale de Milão pelo atacante Gabriel. No documento, assinado por três dirigentes, incluindo o presidente Modesto Roma Júnior, o clube brasileiro reconhece que deu menos tempo para o Barça decidir se igualava a oferta do que estabelecido em contrato firmado na venda de Neymar em 2013.
O comunicado gerou novo atrito entre as duas equipes. Ele começa com o Santos explicando que de acordo com o Contrato de Colaboração em Matéria de Futebol de Base e Reconhecimento de Direitos Sobre Jogadores, concede ao Bracelona a opção de preferência pela quantia de 29,5 milhões de euros à vista.
“De acordo com a referida parte 4 (do acordo), o Barcelona teria um período de três dias uteis para exercer sua preferência. Contudo, o Santos FC recebeu a oferta de um terceiro clube ontem, 28 de agosto, e, como o Barcelona está completamente ciente, qualquer transferência para a Europa precisa ser completada não depois de 31 de agosto. Numa situação tão urgente, nós gentilmente pedimos para o Barcelona se manifestar até o dia 30 às 5h (no horário de Santos) ou 10h (no horário de Barcelona). Por favor, apesar de o Santos estar ansioso por receber sua pronta resposta para essa carta, no caso de nenhuma resposta ser recebida até o prazo fixado acima, a falta de resposta será considerada renúncia aos direitos de preferência”, diz trecho do documento que dá um prazo menor do que estabelecido em contrato para o Barça se decidir.
Além disso, na data em que o Santos afirma ter recebido a oferta (a Inter não é citada na carta), Gabigol já tinha ido para Itália, feito exames médicos, tirado foto segurando a camisa da nova equipe e voltado para o Brasil para fazer sua despedida na Vila Belmiro justamente no dia em que o documento foi enviado ao Barça.
Os espanhóis usam esses fatos para alegar que seu direito de preferência não foi respeitado. Estudam uma ação na justiça para pedir de volta 3,2 milhões de euros que pagaram pela prioridade em três jogadores da base santista além de uma indenização. Eles responderam ao Santos no dia seguinte afirmando que precisavam conhecer detalhes da proposta para tomar uma decisão e aconselhando o clube brasileiro a não realizar a transferência para evitar que o acordo de preferência fosse ferido.
Por sua vez, o presidente do Santos disse ao blog que propostas oficiais só chegam após a realização do exame médico e que foi o caso em relação a Gabigol.
Abaixo leia na íntegra reprodução da carta em inglês.
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