- Arquivo pessoalAndrés Sanchez ao lado dos irmãos Paulo (direita) e Fernando Garcia (centro)
Uma cessão espontânea de direitos econômicos do volante Ralf ao empresário Fernando Garcia, feita em 2010 pelo então presidente corintiano Andrés Sanchez, se transformou em um negócio milionário. Lucrativo para o agente que foi o maior financiador da campanha de Andrés para deputado, com diversas doações feitas por duas empresas em que ele é sócio ao lado do irmão Paulo Garcia. Em contrapartida, um prejuízo de alguns milhões de reais para o clube.
O passo a passo das operações é complexo, mas fez com que Garcia se tornasse dono de uma fatia de Ralf que já havia expirado anteriormente. A empresa de Garcia (LFA Assessoria Esportiva) reclamou ("de boca", sem entrar na Justiça) ter parte dos direitos econômicos do jogador. A origem desse acordo, até então desconhecida, é que viraria um negócio valioso para o empresário.
Quatro anos depois, com outro acordo, ele recebeu porcentagens referentes aos jovens e promissores Guilherme Arana, Matheus Pereira e Malcom. Só na venda recente desse último ao Bordeaux-FRA, o empresário recebeu mais de R$ 6 milhões. É provável que os lucros cresçam com transferências futuras dos outros.
Fernando Garcia e seu irmão Paulo, ativo na política corintiana, foram os principais financiadores da campanha de Andrés para deputado federal em 2014. Através da Kalunga Comércio e Indústria Gráfica Ltda. e da Spiral do Brasil Ltda, duas empresas em que são sócios, os dois fizeram 182 doações e cederam R$ 601.453,62 de um total de R$ 2.134.926,67 angariados pelo então candidato, eleito pelo PT. Paulo Garcia ainda doou mais R$ 80 mil para campanha de Andrés como pessoa física.
À reportagem, Andrés declarou que "ninguém ligado a LFA ou o proprietário desta empresa fez qualquer doação a minha campanha para deputado federal". Em pesquisa na Junta Comercial de São Paulo, o nome do empresário Fernando Garcia consta entre os sócios da Kalunga Comércio e Indústria Gráfica Ltda. e Spiral do Brasil Ltda., empresas que realizaram doações.
Entenda tudo em nove passos:
1 – Garcia possuía 20% de Ralf antes de ida para o Corinthians
Um acordo que expirava em maio de 2009 foi assinado para a transferência de Ralf para o Grêmio Barueri. Nesse contrato, os direitos estavam repartidos entre GP Sports, dos empresários do volante (40%), Ralf (40%) e LFA Assessoria Esportiva, empresa de Garcia (20%). Fernando era ligado ao Noroeste, clube anterior do volante.
Um acordo que expirava em maio de 2009 foi assinado para a transferência de Ralf para o Grêmio Barueri. Nesse contrato, os direitos estavam repartidos entre GP Sports, dos empresários do volante (40%), Ralf (40%) e LFA Assessoria Esportiva, empresa de Garcia (20%). Fernando era ligado ao Noroeste, clube anterior do volante.
2 – Ralf e empresários excluem Garcia em novo contrato
No acordo seguinte firmado com o Barueri, que durava de maio até dezembro de 2009, a LFA Assessoria Esportiva foi excluída por opção do atleta e de seus empresários da GP Sports na divisão de direitos econômicos. Embora não tivesse mais direito legal sobre o atleta, Garcia se considerou prejudicado. Alegou ter feito investimentos no jogador que se transferiria para o Corinthians em janeiro de 2010.
No acordo seguinte firmado com o Barueri, que durava de maio até dezembro de 2009, a LFA Assessoria Esportiva foi excluída por opção do atleta e de seus empresários da GP Sports na divisão de direitos econômicos. Embora não tivesse mais direito legal sobre o atleta, Garcia se considerou prejudicado. Alegou ter feito investimentos no jogador que se transferiria para o Corinthians em janeiro de 2010.
3 – Corinthians propõe acerto com Fernando Garcia
Apesar de Garcia não ter mais qualquer direito jurídico por Ralf (ver abaixo), o então presidente Andrés Sanchez propôs um acordo entre GP Sports e LFA. Nos documentos aos quais a reportagem teve acesso, pois integravam um processo da GP Sports contra o Corinthians, esse acordo é justificado por "evitar litígios".
Apesar de Garcia não ter mais qualquer direito jurídico por Ralf (ver abaixo), o então presidente Andrés Sanchez propôs um acordo entre GP Sports e LFA. Nos documentos aos quais a reportagem teve acesso, pois integravam um processo da GP Sports contra o Corinthians, esse acordo é justificado por "evitar litígios".
4 - Ralf e seus empresários repassam 7,5% para Garcia para receber luvas
No acordo, a GP Sports aceitou conceder 3,75% de direitos econômicos a Fernando Garcia, assim fez também o volante Ralf, com a garantia de que receberiam do Corinthians o pagamento das luvas pela contratação do jogador, que estava atrasada havia cinco meses.
No acordo, a GP Sports aceitou conceder 3,75% de direitos econômicos a Fernando Garcia, assim fez também o volante Ralf, com a garantia de que receberiam do Corinthians o pagamento das luvas pela contratação do jogador, que estava atrasada havia cinco meses.
5 - Corinthians, por vontade própria, repassa mais 7,5%
No mesmo acordo, o próprio Andrés, por vontade própria, repassou mais 7,5% do clube a Garcia. Assim, o contrato de Ralf passou a ter quatro donos: Corinthians (52,5%), GP Sports (16,25%), Ralf (16,25%) e LFA Assessoria Esportiva (15%).
No mesmo acordo, o próprio Andrés, por vontade própria, repassou mais 7,5% do clube a Garcia. Assim, o contrato de Ralf passou a ter quatro donos: Corinthians (52,5%), GP Sports (16,25%), Ralf (16,25%) e LFA Assessoria Esportiva (15%).
6 – Corinthians cobre oferta do exterior e estipula valor de Ralf
Em meio à disputa da Copa Libertadores de 2012, Ralf teve proposta da Fiorentina e, para ficar com ele, o Corinthians resolveu cobrir a oferta e pagar para todos os sócios. Para isso, adquiriu as parcelas do jogador e da GP Sports por aproximadamente R$ 2,4 milhões cada. A empresa de Fernando Garcia também passou a ter direito, naturalmente, sobre cerca de R$ 2,1 milhões. Essa quantia, porém, não foi paga pelo clube ao longo da presidência de Mário Gobbi. Nem para Garcia, nem a GP Sports e nem ao atleta.
Em meio à disputa da Copa Libertadores de 2012, Ralf teve proposta da Fiorentina e, para ficar com ele, o Corinthians resolveu cobrir a oferta e pagar para todos os sócios. Para isso, adquiriu as parcelas do jogador e da GP Sports por aproximadamente R$ 2,4 milhões cada. A empresa de Fernando Garcia também passou a ter direito, naturalmente, sobre cerca de R$ 2,1 milhões. Essa quantia, porém, não foi paga pelo clube ao longo da presidência de Mário Gobbi. Nem para Garcia, nem a GP Sports e nem ao atleta.
7 – 15% de Ralf se tornam um negócio milionário
Em 2014, após recomendação feita por Andrés a Gobbi, Garcia realizou um acordo que fez aqueles antigos 15% de Ralf se transformarem em um novo negócio. A dívida, atualizada após dois anos, foi cotada em R$ 2,8 milhões. Como o Corinthians não pagou, Garcia então recebeu 40% dos direitos de Malcom e 30% dos direitos de Guilherme Arana, ambos já membros do elenco principal, e 30% de Matheus Pereira, maior promessa da base.
Em 2014, após recomendação feita por Andrés a Gobbi, Garcia realizou um acordo que fez aqueles antigos 15% de Ralf se transformarem em um novo negócio. A dívida, atualizada após dois anos, foi cotada em R$ 2,8 milhões. Como o Corinthians não pagou, Garcia então recebeu 40% dos direitos de Malcom e 30% dos direitos de Guilherme Arana, ambos já membros do elenco principal, e 30% de Matheus Pereira, maior promessa da base.
8 – Garcia e sócios viram donos majoritários das maiores promessas do clube
Representante dos três jogadores desde que eram adolescentes nas divisões de base do Corinthians, Garcia e seus sócios (Guilherme Miranda, Thiago Ferro e Nílson Moura) também tinham comprado 30% dos direitos econômicos de cada um dos três atletas, ao completarem 16 anos. As porcentagens foram cedidas pela direção corintiana a Guilherme Arana, Matheus Pereira e Malcom no primeiro contrato profissional, como luvas, e imediatamente vendidas por eles aos mesmos empresários.
Representante dos três jogadores desde que eram adolescentes nas divisões de base do Corinthians, Garcia e seus sócios (Guilherme Miranda, Thiago Ferro e Nílson Moura) também tinham comprado 30% dos direitos econômicos de cada um dos três atletas, ao completarem 16 anos. As porcentagens foram cedidas pela direção corintiana a Guilherme Arana, Matheus Pereira e Malcom no primeiro contrato profissional, como luvas, e imediatamente vendidas por eles aos mesmos empresários.
9 - Garcia já faturou com Malcom e pode ganhar muito mais
Na prática, após o acordo feito em 2014, os 15% de Ralf cedidos a Fernando Garcia se transformaram hoje em um ativo milionário. A venda recente de Malcom ao Bordeaux, por exemplo, valeu aproximadamente R$ 8,8 milhões só para Garcia. O empresário tem tudo para lucrar ainda mais em futuro próximo. Guilherme Arana é favorito a se transferir à Europa e o Corinthians já conversa pela cessão de Matheus Pereira para a Itália.
Na prática, após o acordo feito em 2014, os 15% de Ralf cedidos a Fernando Garcia se transformaram hoje em um ativo milionário. A venda recente de Malcom ao Bordeaux, por exemplo, valeu aproximadamente R$ 8,8 milhões só para Garcia. O empresário tem tudo para lucrar ainda mais em futuro próximo. Guilherme Arana é favorito a se transferir à Europa e o Corinthians já conversa pela cessão de Matheus Pereira para a Itália.
ENTREVISTAS
Andrés Sanchez diz que Corinthians apenas intermediou solução em 2010:
UOL: Por que o Corinthians cedeu espontaneamente à LFA Assessoria 7,5% dos direitos econômicos de Ralf em maio de 2010, sendo que o eventual futuro imbróglio era exclusivamente entre GP Sports e LFA?
Andrés Sanchez: O Corinthians não cedeu nada. Existia um acordo entre a LFA Assessoria e a GP Sports dos direitos do Ralf desde a época em que atuava pelo Noroeste. O jogador estava no Corinthians e o clube intermediou uma solução entre as empresas para não ser prejudicado. E isso foi resolvido.
Andrés Sanchez: O Corinthians não cedeu nada. Existia um acordo entre a LFA Assessoria e a GP Sports dos direitos do Ralf desde a época em que atuava pelo Noroeste. O jogador estava no Corinthians e o clube intermediou uma solução entre as empresas para não ser prejudicado. E isso foi resolvido.
NR.: Cláusula contratual aponta que o Corinthians cedeu 7,5% de seus direitos ao empresário.
UOL: Por que o Corinthians intermediou o acordo se não havia ação judicial da LFA Assessoria e se a empresa já não possuía qualquer direito sobre o atleta, já que os direitos econômicos que pertenciam à empresa haviam expirado em 2008?
Andrés: Intermediou para não criar um problema, já que o jogador é do Corinthians. Como disse, as duas empresas tinham um acordo anteriormente e apenas chegamos a uma solução.
Andrés: Intermediou para não criar um problema, já que o jogador é do Corinthians. Como disse, as duas empresas tinham um acordo anteriormente e apenas chegamos a uma solução.
UOL: O senhor confirma que intermediou com o então presidente Mário Gobbi e o diretor de futebol Ronaldo Ximenes no ano passado o acordo em que a LFA Assessoria recebeu porcentagens de Malcom, Guilherme Arana e Matheus Pereira em troca da referida dívida do volante Ralf?
Andrés: Eu não participei de nada. A diretoria do Corinthians à época foi a responsável pelo acordo, mas eu estava ciente.
Andrés: Eu não participei de nada. A diretoria do Corinthians à época foi a responsável pelo acordo, mas eu estava ciente.
UOL: Como você classifica que esse negócio com o Corinthians tenha sido feito justamente com o seu maior doador da campanha para deputado?
Andrés: Ninguém ligado a LFA ou o proprietário desta empresa fez qualquer doação a minha campanha para deputado federal. Como sempre você é mal informado ou mal intencionado em tudo que se refere a mim ou ao Corinthians. Quero dizer a você que melhore suas fontes (fica ouvindo fofoqueiros de plantão) e não guarde tanto tempo entre as primeiras perguntas, que foram respondidas a época e matérias que você, sabe-se lá com qual objetivo, quer requentar.
Andrés: Ninguém ligado a LFA ou o proprietário desta empresa fez qualquer doação a minha campanha para deputado federal. Como sempre você é mal informado ou mal intencionado em tudo que se refere a mim ou ao Corinthians. Quero dizer a você que melhore suas fontes (fica ouvindo fofoqueiros de plantão) e não guarde tanto tempo entre as primeiras perguntas, que foram respondidas a época e matérias que você, sabe-se lá com qual objetivo, quer requentar.
Fernando Garcia diz que até abriu mão de porcentagem de Ralf:
UOL - Por que a empresa do senhor recebeu 7,5% (3,75% da GP Sports e 3,75% do jogador Ralf) de direitos econômicos em maio de 2010 se o contrato que assegurava direitos do jogador à LFA Assessoria havia terminado em 2008?
Fernando Garcia: A sua informação não é correta. A LFA Assessoria detinha 20% do atleta Ralf e houve uma redução de 20 para 15% através de um acordo.
NR.: Em contrato firmado em maio de 2009 até dezembro do mesmo ano, entre Grêmio Barueri e Ralf, a LFA Assessoria não possuía direitos econômicos. A porcentagem cabível à empresa havia expirado no contrato que se encerrou em maio de 2009 e tampouco era válida no contrato assinado com o Corinthians em 2010.
Fernando Garcia: A sua informação não é correta. A LFA Assessoria detinha 20% do atleta Ralf e houve uma redução de 20 para 15% através de um acordo.
NR.: Em contrato firmado em maio de 2009 até dezembro do mesmo ano, entre Grêmio Barueri e Ralf, a LFA Assessoria não possuía direitos econômicos. A porcentagem cabível à empresa havia expirado no contrato que se encerrou em maio de 2009 e tampouco era válida no contrato assinado com o Corinthians em 2010.
UOL - Por qual razão o clube também ofertou para sua empresa a porcentagem de 7,5% de direitos econômicos do jogador, o que futuramente se transformaria em equivalente a quantia superior a R$ 1 milhão?
Garcia: Repito, a minha empresa tinha 20% do atleta Ralf quando foi ao Corinthians. Tentaram me tirar o percentual, como o clube tinha conhecimento de toda documentação apresentada por mim e com todas assinaturas reconhecidas em cartório, para não criar batalha jurídica, o Corinthians promoveu acordo entre minha empresa e a GP Sports para solucionar o problema e ainda perdi 5% da parte que cabia a minha empresa.
Garcia: Repito, a minha empresa tinha 20% do atleta Ralf quando foi ao Corinthians. Tentaram me tirar o percentual, como o clube tinha conhecimento de toda documentação apresentada por mim e com todas assinaturas reconhecidas em cartório, para não criar batalha jurídica, o Corinthians promoveu acordo entre minha empresa e a GP Sports para solucionar o problema e ainda perdi 5% da parte que cabia a minha empresa.
UOL - Como o senhor vê o fato de esse acordo realizado em maio de 2010 ter se transformado em direitos econômicos das três maiores promessas do Corinthians, sendo dois atualmente titulares na equipe líder do Brasileirão?
Garcia: É bom que o senhor saiba que já adquiri percentual de outros atletas, como se diz no futebol, que não viraram. A minha empresa perdeu todo investimento e eu não fui reclamar com ninguém. Eu emprestei recursos ao clube e a única forma de recuperar o que o Corinthians ainda tem comigo foi em percentuais de atletas. Quando foi feita a transferência da dívida em troca de percentual dos três atletas, eles atuavam na base e só tempos depois se transformaram em jogadores da equipe profissional. Por conta disso, através de seus próprios méritos, se valorizaram. Quando comecei a gerenciar a carreira do Malcom e peguei a participação dos direitos do atleta ele era reserva da equipe juvenil. Atualmente, esses jogadores têm bons contratos e estão valorizados porque se esforçaram e se esforçam para isso.
Garcia: É bom que o senhor saiba que já adquiri percentual de outros atletas, como se diz no futebol, que não viraram. A minha empresa perdeu todo investimento e eu não fui reclamar com ninguém. Eu emprestei recursos ao clube e a única forma de recuperar o que o Corinthians ainda tem comigo foi em percentuais de atletas. Quando foi feita a transferência da dívida em troca de percentual dos três atletas, eles atuavam na base e só tempos depois se transformaram em jogadores da equipe profissional. Por conta disso, através de seus próprios méritos, se valorizaram. Quando comecei a gerenciar a carreira do Malcom e peguei a participação dos direitos do atleta ele era reserva da equipe juvenil. Atualmente, esses jogadores têm bons contratos e estão valorizados porque se esforçaram e se esforçam para isso.
NR.: Na realidade, Malcom e Arana eram parte do elenco profissional do Corinthians desde fevereiro de 2014.
Quanto valem Malcom, Guilherme Arana e Matheus Pereira?
Malcom
Vendido por: R$ 22 milhões
Fatia cedida pelo Corinthians no acordo de 2014 (40%): R$ 8,8 milhões
Fatia total de Garcia e sócios (70%): R$ 15,4 milhões
Sobrou para o clube (30%): R$ 6,6 milhões
Vendido por: R$ 22 milhões
Fatia cedida pelo Corinthians no acordo de 2014 (40%): R$ 8,8 milhões
Fatia total de Garcia e sócios (70%): R$ 15,4 milhões
Sobrou para o clube (30%): R$ 6,6 milhões
Guilherme Arana
Valor estimado de mercado: R$ 21,3 milhões
Fatia cedida pelo Corinthians no acordo de 2014 (30%): R$ 6,3 milhões
Fatia total de Garcia e sócios (60%): R$ 12,6 milhões
Sobra para o clube (40%): R$ 8,5 milhões
Valor estimado de mercado: R$ 21,3 milhões
Fatia cedida pelo Corinthians no acordo de 2014 (30%): R$ 6,3 milhões
Fatia total de Garcia e sócios (60%): R$ 12,6 milhões
Sobra para o clube (40%): R$ 8,5 milhões
Matheus Pereira
Valor estimado de mercado: R$ 10,6 milhões
Fatia cedida pelo Corinthians no acordo de 2014 2014: R$ 3,1 milhões
Fatia total de Garcia e sócios (95%): 10,07 milhões
Sobra para o clube: R$ 530 mil
Valor estimado de mercado: R$ 10,6 milhões
Fatia cedida pelo Corinthians no acordo de 2014 2014: R$ 3,1 milhões
Fatia total de Garcia e sócios (95%): 10,07 milhões
Sobra para o clube: R$ 530 mil
Advogado: Garcia já não tinha mais direitos sobre Ralf
Especialista em direito esportivo e membro do TJD-MG, o advogado Louis Dolabela afirma que a LFA Assessoria Esportiva já não tinha mais qualquer direito sobre Ralf. Não havia razão para que Ralf, GP Sports e o Corinthians, em especial, cedessem percentuais.
"O contrato de direitos econômicos é acessório ao contrato de direitos federativos. Se em 2008, os dois (LFA Assessoria e GP Sports) tinham direito sobre um atleta em um clube e ele foi transferido a outro, e aí foi feito um novo contrato, o que ficou lá atrás não tem mais validade", explica.
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