Cada contratação feita pelo São Paulo desde o fim de 2015 não passa mais por análise puramente individual. Agora, todos os contratados passam por uma análise do que podem representar para um objetivo coletivo. Foi assim com técnico Edgardo Bauza e é assim com o lateral Eugenio Mena. A nova postura da diretoria é fruto do crescimento do departamento de análise de desempenho, órgão criado dentro do departamento de futebol no ano passado.
A palavra do momento para o São Paulo, tida como mantra para 2016, é "organização". Serve para dentro e fora de campo, mas, neste primeiro momento, é aplicada a conceitos táticos. No dia 23 de dezembro Edgardo Bauza foi apresentado à imprensa no CT da Barra Funda e, pouco antes de sua entrevista coletiva começar, o diretor executivo de futebol Gustavo Vieira de Oliveira deu as boas-vindas no seguinte tom:
"Vou começar lendo uma pequena frase do nosso departamento de análise de desempenho que nos motivou há algumas semanas a procurar o Patón para se juntar a nós: 'É um time com muita intensidade, organizado e equilibrado no campo, tanto no sistema ofensivo como no defensivo'. O nosso processo de escolha partiu de uma análise prévia, de diagnóstico", falou o dirigente, responsável pelo planejamento e pela execução no futebol, abaixo do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e do vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, além do diretor estatutário Rubens Moreno.
O São Paulo não avalia que Mena é, tecnicamente, um dos melhores laterais esquerdos da América do Sul. Mas entende que o chileno de 27 anos, titular da seleção comandada por Jorge Sampaoli, é quem melhor se encaixa na filosofia de trabalho de Bauza. Entra aí o pensamento coletivo, e não só a análise individual, que detectou que Mena era a contratação certa na hora certa. Análise que veio, mais uma vez, do departamento de análise de desempenho.
O mesmo Gustavo Vieira de Oliveira usou novamente a palavra "organização" ao falar sobre Mena, na última sexta-feira (8), ao apresenta-lo como primeiro reforço do São Paulo para 2016:
"Jogador que nós acreditamos muito, tem o sangue sul-americano, acostumado com competições sul-americanas, Copa do Mundo e Copa América, experiência que nos ajuda, especialmente tendo competições continentais nesse ano. Do ponto de vista técnico, muito combativo, acostumado a jogar em equipes organizadas e com a exigência de organização que nós desejamos", falou.
Cabe ao departamento de análise de desempenho, além do trabalho interno no elenco do São Paulo, fazer relatórios coletivos e individuais sobre os adversários e medir performance e encaixe de possíveis reforços ao time. O departamento será comandado a partir das próximas semanas por Milton Cruz, que deixará de ser coordenador de futebol e substituirá os trabalhos no campo pelos trabalhos de observação e análise.
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