A dívida do Corinthians teve um aumento de R$ 120 milhões no ano de 2014 ao atingir um valor de R$ 313 milhões. Esse montante foi revelado em reunião do Conselho de Orientação (Cori) do clube nesta segunda-feira. Assim, o débito é levemente superior a renda de um ano do time de Parque São Jorge.
A explicação para o crescimento do endividamento foi a queda de receita em relação aos anos anteriores e a manutenção de gastos do futebol em patamares altos. Houve aumentos em relação aos passivos tributários, com o estouro de um débito em torno de R$ 120 milhões por falta de pagamento de impostos nas gestões de Andrés Sanchez e Mário Gobbi. Ainda houve antecipações de receitas no total de R$ 70 milhões para fechar as contas.
“Temos um problema de fluxo de caixa neste início de ano e precisamos fazer uma renegociação dos adiantamentos mês a mês que serão descontados durante os meses. Agora é uma hora de segurar, mas uma venda como do Lodeiro já faz cair a dívida. Acho que em 2016 a situação terá um alívio'', analisou o diretor financeiro do Corinthians, Raul Corrêa e Silva.
Ao final de 2013, o Corinthians registrava uma dívida de R$ 193,6 milhões e o déficit no ano passado elevou esse valor acima de R$ 300 milhões. Em comparação, no ano anterior, o endividamento tinha aumentado apenas R$ 16 milhões.
Para se ter uma ideia, a receita do clube em 2014 foi de R$ 258,2 milhões, bem abaixo dos R$ 316 milhões obtidos no ano anterior. Isso porque o clube perdeu R$ 36,2 milhões obtidos com bilheteria que foram para o fundo de pagamento do Itaquerão. Com a bilheteria, a queda de arrecadação teria sido de menos de 10%.
O presidente do Cori, Alexandre Husni, está preocupado com a situação financeira. “A situação está muito ruim porque estamos vendo que a dívida aumentou bastante no ano'', contou. “Está crescendo em um ordem de R$ 9 milhões a R$ 10 milhões por mês.''
Os problemas financeiros já eram demonstrados no balancetes e levaram a diretoria a evitar gastar com contratações em 2015. Assim, atenderam pedidos de membros do Cori que pregavam contenção nos investimentos.
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