A diretoria do São Paulo quer fechar o elenco da temporada de 2014 ainda antes da pausa para a Copa do Mundo, e tem como principais objetivos o retorno de Rafael Toloi, emprestado à Roma (ITA), e a contratação de um outro zagueiro que tenha capacidade para ser titular da equipe, que hoje conta com a dupla formada por Rodrigo Caio e Antonio Carlos. Na análise da diretoria, a zaga é o único setor que precisa ser reforçado.
O retorno de Toloi, no entanto, não é garantido. Negociado por empréstimo à Roma pela diretoria de Juvenal Juvêncio, o jogador quase não jogou no clube italiano e tinha o retorno dado como certo pelo presidente Carlos Miguel Aidar e por seu vice de futebol, que também assumiu agora, Ataíde Gil Guerreiro. Apesar de ter sido emprestado no fim de janeiro, Toloi só estreou pelo clube em março. Agora, no entanto, no fim de abril, o defensor fez três jogos seguidos como titular e faz a diretoria são-paulina temer que a Roma exerça a opção de compra fixada no empréstimo, de cerca de 6 milhões de euros (R$ 18,5 milhões).
Os R$ 18,5 milhões seriam benvidos aos cofres são-paulinos, que nos próximos dias sofrerão desfalque de R$ 14 milhões, pagos à vista ao Benfica pelo atacante Alan Kardec – o São Paulo espera assinar o vínculo com o jogador nesta segunda-feira, assim como a rescisão do atleta com o Palmeiras –, porém o clube do Morumbi só detém 25% dos direitos econômicos de Toloi, o que representaria R$ 4,6 milhões, apenas, para perder um zagueiro que se pensa que ainda poderá ser titular da equipe.
Rafael Toloi foi sonho do São Paulo por pelo menos dois anos, desde 2010, quando já colecionava passagens pelas categorias de base da seleção brasileira e despontava como promessa do Goiás. Contratado em 2012, assumiu a titularidade imediatamente e teve grande desempenho a partir da chegada de Ney Franco e da arrancada que rendeu a melhor campanha do segundo turno do Brasileirão e o título da Copa Sul-Americana. No fim daquele ano, a diretoria, ainda com o futebol comandado por Adalberto Baptista, pensava na contratação de Lúcio para jogar ao lado de Toloi. Não deu certo. Em meio à Libertadores, a dupla não se entrosou e Toloi acabou no banco de reservas durante a crise do segundo semestre.
A contratação de outro jogador para o setor é reflexo da dúvida da diretoria e da comissão técnica em relação ao setor. Rodrigo Caio é visto como jogador de enorme potencial – Muricy Ramalho afirma em todas as ocasiões que o jovem de 20 anos é muito inteligente, tem futuro brilhante e jogará em grandes clubes da Europa – e Antonio Carlos resolveu o problema durante a luta contra o rebaixamento. No entanto, a zaga tem falhado, principalmente em lances de bola parada.
Antonio Carlos também terá de ter situação resolvida nos próximos meses. Seu contrato com o São Paulo se encerra no fim deste ano e, a partir de julho, ele poderá abrir conversas e fechar acordo com qualquer outro clube. A diretoria ainda não abriu conversas para renovar o vínculo. Para o setor, Muricy ainda conta com Paulo Miranda e Edson Silva, cada vez mais distantes da briga por posição, e com o jovem Lucas Silva, de 18 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário