Alan Kardec nunca escondeu que sua maior inspiração da carreira é Thierry Henry, e por isso adotou o número 14, também usado pelo francês, para estampar sua camisa nos clubes em que passou. No São Paulo não será diferente: o atacante desbancará o zagueiro Edson Silva, que agora usará a 21, para manter a tradição. A numeração, porém, não é o único fator que une os dois jogadores.
Alan Kardec defendia o Palmeiras até poucas semanas atrás, mas não chegou a um acordo com o presidente Paulo Nobre para renovar o seu contrato – que acabaria no dia 30 de junho. Ao ficar ciente da possível saída do atacante, o São Paulo entrou na jogada e acertou com o jogador, depois de desembolsar cerca de R$ 14 milhões para atingir o que havia sido pedido pelo Benfica, de Portugal.
O contrato firmado pelos próximos cinco anos causou um mal estar entre as diretorias dos rivais paulistas. O Palmeiras ainda esperava fechar com o jogador antes do término do empréstimo, mas acabou sendo surpreendido pelo Tricolor. Paulo Nobre, mandatário alviverde, afirmou que a postura são-paulina foi antiética. A resposta de Carlos Miguel Aidar foi imediata, dizendo que o ‘choro é livre’.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
No São Paulo, Alan Kardec manterá a tradição e usará a camisa 14, que era do zagueiro Edson Silva
O zagueiro Edson Silva, por sua vez, que cederá a camisa 14 a Alan Kardec, proporcionou uma situação parecida. Depois de se destacar no Figueirense, o jogador despertou o interesse do Palmeiras, que chegou a fazer proposta, mas foi considerada baixa pelo atleta. Desta forma, o São Paulo foi buscar o atleta, aplicando um ‘chapéu’ sobre o rival para ficar com o defensor.
A numeração escolhida por Kardec, além de lembrar a antiga negociação que também envolveu o Palmeiras, também alimenta a esperança do torcedor são-paulino, que viu dois ídolos com a camisa 14 nos últimos anos. Entre 2005 e 2008, o centroavante Aloísio Chulapa foi o detentor do número, conquistando o Mundial de Clubes e o tricampeonato Brasileiro.
A camisa 14, no entanto, não foi usada apenas por homens de frente, como Thierry Henry e Aloísio Chulapa. Alan Kardec também poderá se inspirar em um defensor que ainda hoje é bastante querido pela torcida tricolor. Em 2004, durante o Campeonato Paulista e a Copa Libertadores da América, o uruguaio Lugano também usou a numeração.
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