O Corinthians pode ter mais um problema em consequência da invasão de torcedores ao seu Centro de Treinamentos. O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp) entrou com processo na Justiça trabalhista contra o Alvinegro, pedindo indenização ao elenco.
Os advogados do Sindicato entendem que houve assédio moral e atentado aos jogadores, além de o ambiente de trabalho ser inseguro. Por isso, o Sapesp pede na Justiça que o Corinthians pague uma indenização de R$ 200 mil a cada um dos 31 jogadores. Com isso, o valor total chegaria a R$ 6,2 milhões.
A invasão de cerca de cem torcedores aconteceu na manhã do dia 1º de fevereiro, em meio aos maus resultados do time. Os atletas ainda não estavam no gramado e se refugiaram nos vestiários do CT Joaquim Grava.
Mauro Horita/Agif/Gazeta Press
Torcedores invadiram o CT corintiano no início de fevereiro e caso ainda repercute
“Há tempos que esclarecemos que o principal responsável pela segurança dos atletas é o clube empregador, que tem, obrigatoriamente, que dar todas as condições para o desenvolvimento do trabalho sem nenhuma forma de assédio. Essa ação é um caminho natural na defesa da categoria. A ação visa apurar responsabilidades e minimizar o sofrimento que os atletas passaram naquele dia. É uma medida do sindicato, da categoria”, afirmou o presidente do Sapesp, Rinaldo Martorelli.
Na ação, o Sindicato argumenta que o Corinthians tem responsabilidade por ter uma “relação harmoniosa” com as organizadas. “Quem sabe, com uma decisão favorável, a partir de agora, conseguiremos mudar o quadro e tornar os clubes mais ciosos de suas responsabilidades nessa questão. Precisamos encontrar nosso divisor de águas no quesito da segurança do trabalho antes que aconteça alguma tragédia. Agora a ação foi ajuizada em face do Corinthians e, em caso haja sucesso, será o caminho natural de nossa atuação”, completou o presidente.
A polícia civil está investigando o caso e, com o auxílio das câmeras de segurança do local, deteve três torcedores suspeitos de participação no ato violento. No entanto, o clube alega que não possui todas as filmagens por conta de falhas nos equipamentos.
O Corinthians ainda não se pronunciou sobre o processo do Sindicato porque diz não ter sido notificado, mas o Sapesp espera a realização de uma audiência no dia 3 de junho.
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