sábado, 10 de dezembro de 2016

Goleiro recusou Chape por opção religiosa e diz: "Minha crença me salvou"

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    Goleiro Vitor Ressurreição, do PSTC Procopense, participa de treino no Paraná
    Goleiro Vitor Ressurreição, do PSTC Procopense, participa de treino no Paraná
O goleiro Vítor Ressurreição acredita ter ganhado uma segunda chance na vida. Ele esteve muito perto de ser vendido à Chapecoense no início do ano, mas recusou se transferir a Santa Catarina por razões religiosas.
Membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ele não poderia treinar nem jogar aos sábados, dia que considera ser reservado apenas a atividades religiosas ou familiares. Como o clube não aceitou essa condição, o negócio foi desfeito.
No fim de novembro, o avião que levava a Chapecoense a Medellin caiu matando 71 pessoas, na maior tragédia da história do futebol brasileiro.
"Meus amigos não entenderam a minha decisão", disse o goleiro, que hoje tem contrato com o modesto PSTC Procopense, do Paraná. "Muitos diziam que eu era maluco. Familiares achavam que eu tinha desperdiçado a melhor chance da minha carreira, que era o fim dela. Mas nessa última semana, com esse desastre, muitos entenderam e aceitaram minha fé."
"De alguma forma, minha crença em Deus acabou me livrando do desastre. Se eu tivesse aceitado abdicar de minha fé, eu poderia ter estado lá naquele avião. Minha família, meus dois filhos e minha esposa estariam chorando hoje. Tive uma segunda chance."
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Em 2015, ele tinha sido destaque do acesso do Londrina à Serie B do Brasileiro e apontado como o melhor jogador da competição. O convite da Chape parecia irrecusável: além de uma promoção à elite do Nacional, o salário seria quatro vezes maior. Por causa da questão dos sábados, Vítor, além de não fechar com os catarinenses, teve o contrato não renovado com o Londrina.
Ficou seis meses parado em Salvador, se dedicando a outras atividades e a sua religião. Até que dirigentes do PSTC entraram em contato e aceitaram a condição do goleiro de não trabalhar aos sábados. Do interior paranaense, Vítor, de 31 anos, deu o seguinte depoimento ao UOL Esporte:

Minha obediência a Deus acabou me poupando

Depois do acidente, meu pai, que é católico, foi o primeiro a me ligar de manhã cedo. Ele dizia: "Graças a Deus que você está vivo!" A família toda ficou muito abalada. Eles entenderam que passou muito próximo. Mas de alguma forma ficaram gratos porque isso não atingiu de forma mais forte a nossa família.
Se dependesse de meus tios e primos eu estaria lá com a Chapecoense. Se eles pudessem me influenciar de alguma forma eu estaria lá. E eu realmente estaria lá se o clube tivesse aceitado minha crença, mas não aceitaram.
Deus tem um plano de vida para cada um. Naquele momento ele me pressionou a não aceitar a proposta. É complicado falar que foi por isso que eu fui salvo porque tem muitas pessoas que estavam lá no avião e também buscavam a Deus. Mas eu tive uma segunda chance. Sempre fui obediente a Deus e de alguma forma essa obediência acabou me poupando.

Sábado é dia de família, mesmo em conflito com o futebol

Eu conheci a religião adventista há 12 anos através da minha mulher. Comecei a frequentar a igreja e sempre a questão do sábado me pegava porque ia de encontro à minha profissão. Foi um processo de 12 anos até a decisão pelo batismo.
No Londrina, assim que eu cheguei das minhas férias conversei com treinador sobre isso e ele pediu um tempo pra pensar porque ele nunca tinha lidado com algo assim. A questão do sábado era a mais latente, cada vez me incomodava mais não estar guardando-o.
O sábado é o quarto mandamento de Deus. Quem é cristão e conhece a Bíblia sabe disso. Esse mandamento diz que sábado é um dia maravilhoso, um dia pra descansar, estar com a família. É o dia que o adventista mais trabalha, mas não pra ganhar dinheiro. Ele se liga a Deus, vai à igreja... É como se fosse um domingo pro católico, as pessoas cantam, vão visitar os hospitais, orfanatos.
Era uma grande verdade que eu tinha conhecido e gerava esse conflito. Quando você sabe uma verdade você pode negá-la e viver na mentira, mas eu não queria viver na mentira.

A proposta da Chape era quatro vezes melhor financeiramente

Minha base foi no Vitória, passei pelas seleções brasileiras de base sub-16 e sub-17. Joguei com o Diego, que hoje está no Flamengo, o Marcelo Lomba era meu reserva da seleção. Fiquei perambulando por alguns clubes, fui pro Londrina, mostrei meu valor, fui reconhecido pelo meu trabalho, ganhamos título estadual, três acessos praticamente seguidos. Tive títulos individuais, como o melhor jogador da Série C, e por isso houve a proposta da Chapecoense.
Financeiramente era quatro vezes melhor. Minha família é católica, eu fui criado em colégio de freira, só depois que conheci a Igreja Adventista. Essa situação, essa minha segunda chance que Deus me deu, abriu os olhos para algumas coisas que são importantes além de carreira e sucesso. Existe um Deus que sabe de tudo e está no controle de tudo.

O que diz o quarto dos dez mandamentos

Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu escravo, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.
Êxodo 20: 8-11

Veja 10 técnicos mais jovens que vários jogadores de futebol

Você, que já não tem mais esperança de virar jogador aos 20 e poucos anos, que gasta horas de sua vida jogando Football Manager ou montando esquemas no Fifa, que tem certeza de que faria um trabalho melhor que o técnico do seu time, não perca as esperanças. Os treinadores a seguir, todos com menos de 40 anos, são a prova de que nunca é tarde (ou cedo) demais para ingressar no mundo do futebol…
1. Lucas Macorin, 25

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Sim, ele tem apenas 25 anos e já é técnico de futebol com carreira promissora. ''Claro que as pessoas desconfiavam de mim por causa da idade'', admitiu em entrevista ao UOL Esporte no ano passado. Depois do título do Paulistão Sub-15, ele comandou os profissionais do Grêmio Osasco na Série A-3 e vai treinar o Audax na Copa São Paulo de futebol júnior.

2. Julian Nagelsmann, 29

Divulgação/Hoffenheim
No começo de 2016, ele se tornou o técnico mais jovem da história da Bundesliga quando assumiu o Hoffenheim aos 28 anos. Depois de salvar o time do rebaixamento e ainda brigar pelo G-4 no campeonato seguinte, ganhou o apelido de “Baby Mourinho”. “Não me importo, mas eu e Mourinho temos uma filosofia de futebol com poucas semelhanças”, avisou.

3. Daniel Paulista, 34

Williams Aguiar/Sport
Depois da saída de Oswaldo de Oliveira do Sport, ele foi efetivado no comando do clube pernambucano e se tornou o treinador mais jovem do Campeonato Brasileiro. O ex-volante trabalhava como auxiliar desde 2014 e ganhou sua primeira experiência como técnico.

4. Jair Ventura, 37

Vitor Silva/SSPress
Quando assumiu o Botafogo depois da saída de Ricardo Gomes, o time tentava fugir da zona do rebaixamento. No fim do campeonato, briga por Libertadores. Filho de Jairzinho, encerrou sua carreira de jogador em 2006 e assumiu como preparador físico do Botafogo em 2008.

5. Junior Rocha, 35

Divulgação/Luverdense
Recém-formado em Educação Física, o ex-atacante foi treinador do Luverdense durante quatro temporadas e levou o time mato-grossense à Série B. Acertou com o Novorizontino para a disputa do Paulistão 2017, mas está apalavrado para voltar ao Luverdense logo após o fim do Estadual.

6. Sérgio Vieira, 33

Gustavo Oliveira/Atlético-PR
Ele tinha 21 anos quando jogava na terceira divisão de Portugal e viu Mourinho levar o Porto ao título da Champions. O feito do compatriota motivou uma mudança radical em sua carreira. Sem esperança de deslanchar como jogador, resolveu se aventurar como técnico. Estudou para isso e acabou vindo para o Brasil, onde treinou Atlético-PR, Ferroviária-SP e América-MG antes de assumir o São Bernardo para o Paulistão de 2017.

7. Mark Sampson, 34

Kevin C. Cox/Getty Images
Antes de acumular feitos à frente da seleção feminina da Inglaterra, o galês jogava futebol amador em um clube chamado Cardiff Corinthians. Sua carreira de zagueiro não decolou, e ele trocou os gramados pela universidade, onde estudou para se tornar técnico. Em 2013, assumiu a seleção inglesa e chegou à inédita 3ª colocação na última Copa do Mundo feminina.

8. Eddie Howe, 38
Shaun Botterill/Getty Images
Shaun Botterill/Getty Images
O ex-zagueiro defendeu o Bournemouth por 11 anos e agora faz história como treinador do clube. Quando assumiu pela primeira vez, em 2009, tinha apenas 31 anos e pegou o time na zona de rebaixamento da terceira divisão. Hoje, os “Cherries” estão na Premier League jogando um futebol vistoso e ofensivo.

9. André Villas-Boas, 39

Dmitry Lovetsky/AP
O português tinha apenas 32 anos quando se tornou o técnico mais jovem a assumir o Porto, em 2010. Ganhou quase tudo que disputou e foi contratado pelo Chelsea na temporada seguinte. Após passar por Tottenham, Zenit e Shanghai, atualmente está sem clube. Diferente de outros colegas, ele nunca foi jogador – sempre quis ser técnico desde a adolescência e ganhou sua primeira oportunidade aos 21 anos, na seleção das Ilhas Virgens Britânicas.

10. Pál Dárdai, 40
Alexander Hassenstein/Bongarts/Getty Images
Alexander Hassenstein/Bongarts/Getty Images
O ex-meia húngaro é uma lenda do Hertha, clube que treina desde 2015 e vem disputando as primeiras posições do Alemão. Antes de sua chegada, o time de Berlim brigava para não voltar à segundona. Sua carreira de técnico começou nas categorias de base do Hertha, logo após sua aposentadoria aos 35 anos. Chegou a treinar a seleção da Hungria antes de voltar ao clube alemão para “dar um jeito” no time profissional.

gols da vitória do Leiscester City sobre o Manchester City


gols - Arsenal 3 x 1 Stoke City


Apuro para viajar e competir pode levar 67% dos atletas olímpicos a pararem

  • David Rogers/Getty Images
    Delegação brasileira na cerimônia de abertura da Rio-2016: atletas relatam falta de valorização e de condições de trabalho.
    Delegação brasileira na cerimônia de abertura da Rio-2016: atletas relatam falta de valorização e de condições de trabalho.
Até 67% dos atletas olímpicos brasileiros podem parar e largar suas modalidades por dificuldades financeiras na hora de conseguir viajar e participar de competições no país ou no exterior. Apenas 5% deles não enxergam nenhum problema ou dificuldade para dedicar-se ao esporte. É o que revela pesquisa por amostragem feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União) com 453 atletas, de diversas modalidades olímpicas, que recebem a bolsa-atleta do Ministério do Esporte. A pesquisa foi feita em 2015 mas não havia sido divulgada, e reflete o estado de ânimo da delegação brasileira na véspera dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
No estudo, os atletas responderam quais os motivos que estavam dificultando a evolução de suas carreiras e que poderiam fazer com que parassem de dedicar-se às suas modalidades. O principal problema apontado é a dificuldade de pagar viagens e participação em competições longe de casa no Brasil e no exterior. Os atletas listaram mais de um motivo que atrapalha o desenvolvimento de suas carreiras e que poderia encerrá-las precocemente, assim a soma dos resultados da pesquisa dá mais de 100%.
A dificuldade de comprar materiais e equipamentos esportivos é um problema crucial para 62% dos atletas, e 53% deles reclamam de problemas para realizar intercâmbios de atualização. Mais da metade dos atletas, 52%, relatam a falta de centros de treinamento adequados e a falta de valorização dos atletas olímpicos dentre os principais problemas que fazem eles pensar em desistir. 
Não veem boas perspectivas profissionais para si 42% dos entrevistados, e 38% não consegue acompanhamento médico, nutricional ou fisiológico.

Investimento público vem caindo e vai diminuir ainda mais

No que depender de investimento do governo federal, este quadro não vai mudar imediatamente. Para o ano que vem, está previsto para ser investido no esporte nacional pela União metade do orçamento deste ano. Que por sua vez é metade do que era três anos antes, em 2014.
O dinheiro público investido pelo governo federal em programas esportivos caiu 53% de 2014 a 2016. O período de redução coincide com a realização da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro neste ano, eventos que concentraram a maior parte dos recursos da área.
Para o orçamento do ano que vem, está prevista uma diminuição de cerca de 50% de tudo o que a União investe no esporte brasileiro.
É o que aponta relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) finalizado na quarta-feira (7). Em 2014, foram investidos pelo governo federal R$ 3,9 bilhões ao todo em esporte. Em 2015, a redução foi pequena e o total foi de R$ 3,8 bilhões. Neste ano porém, o corte foi de mais da metade e a União colocou R$ 1,8 bilhão nos esportes de todos os níveis, do escolar ao de alto rendimento.

assista aos gols - Real Sociedad 3 x 2 Valência


assista agora aos gols da vitória do Barcelona sobre o Osasuna 3 a 0


Cartel de empreiteiras em estádios da Copa pode gerar multa bilionária

O processo no Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico) que investiga cartel de empreiteiras atuando em estádios da Copa-2014 pode gerar um multa bilionária para as empresas. Essa ação já conta com a delação de executivos da Andrade Gutierrez que denunciaram que um grupo de construtoras combinou o resultado de licitações nas arenas.
Pelo relatos dos executivos da AG, revelados nesta semana, houve acerto entre as empreiteiras Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa, Carioca, OAS, Queiroz Galvão. Em conversas iniciadas em 2008, pouco após o Brasil se tornar sede do Mundial, os executivos combinavam quem ficaria com cada obra, e os outros respeitavam e ajudavam a fraudar as licitações com propostas mais altas.
Na versão da delação, o cartel atingiu potencialmente oito dos 12 estádios da Copa. São o Maracanã, Mineirão, Arena Pernambuco, Arena Fonte Nova, Arena das Dunas, Castelão, Arena Amazônia e Mané Garrincha. Em alguns, o acerto foi bem sucedido na versão da Andrade Gutierrez, e em outros, não.
Pois bem, processos no Cade implicam em multas por cartel se houver condenação. A investigação levará a uma denúncia e decisão em duas instâncias. As multas variam entre 1% e 20% do valor de faturamento das empreiteiras no ano anterior ao início da ação.
Levantamento do blog mostra que as seis empreiteiras tiveram receita de R$ 78,5 bilhões no ano de 2015, sendo a Odebrecht a maior com R$ 58 bilhões. Uma multa mínima de 1% seria de R$ 785 milhões. Esse valor poderia subir a R$ 15,7 bilhões. Mas o cálculo leva em conta o dano ao dinheiro público.
Executivos da Odebrecht também estão colaborando com o processo por cartel do Cade nas obras da Copa. Mas ainda não há um acordo fechado como no caso da Andrade Gutierrez.
E, extraoficialmente, eles entranharam e questionaram informações da construtora rival como a suposta troca de obras entre Mineirão e Maracanã. Alegam que a Odebrecht não recebeu nada já que o estádio mineiro ficou com outra construtora. As duas empreiteiras são o centro do cartel, na versão da Andrade Gutierrez. Oficialmente, a Odebrecht não se pronuncia sobre o assunto.
É certo que todas as construtoras querem negociar as multas a pagar para incluí-las em um grande pacote de leniência a ser acertado com todos os órgãos de fiscalização: TCU, Ministério Público, Federal, Cade, etc. Seu argumento nos bastidores é que não querem ter que pagar multa duas vezes pela mesma irregularidade. Já existem empreiteiras que tentam um acordo, mas não avançaram neste sentido.
O caso dos estádios da Copa é emblemático porque envolveu um cartel bastante complexo na versão da Andrade Gutierrez. Foram mais de 20 encontros relatados, e uma divisão de obras entre os grupos de acordo com seus interesses.
Ao final, os 12 estádios da Copa triplicaram de preço em relação ao orçamento inicial feito pela CBF para a Fifa em 2007. O país pagou R$ 8,4 bilhões pelas arenas, e muito deste custo foi inflacionado pela atuação das empreiteiras. Ex-governadores como Sério Cabral, do Rio, entre outros, são acusados de levar propina por essas obras, aumentando ainda mais o custo.
Mais do que isso, o gasto com essas arenas continua já que algumas se transformaram em elefantes brancos como a Arena Amazônia e o Mané Garrincha. Revelador sobre isso é um trecho da delação da Andrade Gutierrez em que conta que não tinha interesse em PPP para administrar estádios.
''Os Signatários esclarecem que, à época da realização dos processos lieitatórios, seu entendimento foi o de que a exploração dos estádios de futebol após a Copa do Mundo, conforme está previsto no regime de PPP, não geraria lucros à empresa'', contaram os executivos. A Odebrecht, que assumiu estádio, já abandonou um em Pernambuco e fará o mesmo no Maracanã. A OAS quer sair da Arena Fonte Nova e das Dunas.
Como a conta do cartel e gastança dos estádio ficou toda com a população, o Cade terá de determinar como as empreiteiras vão ressarcir o público. Irá se basear, também no valor das obras executadas.

Palmeiras oferece triplo do salário, mas multa pode manter Scarpa no Flu

  • Nelson Perez/Fluminense FC
    Gustavo Scarpa no Palmeiras? Clube alviverde precisaria investir alto
    Gustavo Scarpa no Palmeiras? Clube alviverde precisaria investir alto
A renovação de contrato entre Fluminense e Gustavo Scarpa virou novela. O clube demorou e viu o interesse do Palmeiras atrapalhar as negociações. Isso porque os paulistas ofereceram um salário três vezes maior do que o camisa 10 recebe atualmente no Rio de Janeiro: R$ 100 mil aproximadamente.
A nova proposta do Fluminense é mais atrativa, mas ainda inferior ao que oferece o Palmeiras. Caso Scarpa aceite a renovação até 2021, passaria a receber cerca de R$ 230 mil. O Alviverde oferece vencimentos de R$ 300 mil para um dos destaques do Campeonato Brasileiro.
Vale ressaltar, porém, que Gustavo Scarpa já tem contrato até o fim de 2019. Sendo assim, para tirá-lo do Fluminense, o Palmeiras teria que pagar os 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 33 milhões). O Tricolor não tem qualquer objetivo de negociar e só liberará o atleta por esse valor. E isso pode ser decisivo para a permanência do camisa 10 nas Laranjeiras.
Internamente, o interesse palmeirense sobre Gustavo Scarpa é declarado. A nova diretoria trabalha um modo de fazer o alto investimento sobre o jogador. A boa relação do Palmeiras com a OTB Sports, empresa que cuida da carreira do meia e também do capitão Dudu, surge como um trunfo.
O aporte financeiro da Crefisa, responsável pelo principal patrocínio do clube – R$ 78 milhões -, também auxilia o Palmeiras a se planejar para o alto investimento. As duas partes negociam um novo contrato – o atual vence em janeiro – e o valor do acordo deve aumentar para o primeiro ano da gestão de Maurício Galiotte na presidência.
Qualquer investimento a mais, neste momento, se encontra fora dos planos da patrocinadora. Consultada pela reportagem do UOL Esporte, a Crefisa se manifestou por meio de uma pequena nota oficial na qual descarta "presentear" o Palmeiras com Gustavo Scarpa.
"Por extremo amor ao Palmeiras e reconhecimento ao gigantismo do clube, a Crefisa faz o maior patrocínio do futebol sul-americano. Esse é o investimento que fazemos no clube", sentenciou a Crefisa.
"As decisões sobre quem contratar pertencem ao Palmeiras, e nós respeitamos. A Fifa proíbe qualquer investimento de terceiros para a contratação de jogadores", pronunciou-se, em nota, a empresa.
A realidade é que Gustavo Scarpa ficou chateado com a demora do Fluminense na renovação do contrato por conta do período de eleição. Agora, com novas cartas na mesa, ele quer reabrir as negociações com o Tricolor. Dependendo da saúde financeira do Palmeiras, o sonho pode virar realidade.

Explosões deixam ao menos 20 feridos perto de estádio na Turquia

Duas explosões nas imediações da Vodafone Arena, estádio do Besiktas, em Istambul (TUR), deixaram ao menos 20 pessoas feridas segundo as primeiras informações das autoridades turcas. Imagens de canais locais mostram algumas colunas de fumaça nas redondezas do estádio e focos de incêndio.
O incidente aconteceu na noite deste sábado cerca de duas horas após vitória do Besiktas por 2 a 1 sobre o Bursaspor pelo Campeonato Turco. A maior parte do público havia deixado o local. As informações preliminares também dão conta de um atentado contra a Polícia.
REUTERS/Murad Sezer
Policiais feridos ao lado do estádio do Besiktas
"Temos a informação de que um carro-bomba explodiu onde nossas forças policias estavam localizadas perto da saída dos torcedores do Bursaspor. A explosão aconteceu após o fim da partida, quando os fãs já haviam deixado o estádio", disse o ministro do Interior Suleyman Soylu.
"Não temos informações sobre um possível número de mortos. Peço a Deus que não haja nenhum ", completou. 
Segundo testemunhas que estavam próximas ao estádio e falaram com a agência de notícias, umas troca de tiosr também pôde ser ouvida. 
REUTERS/Murad Sezer
Lataria retorcida após explosão na Turquia
Até o momento, ninguém reivindicou a autoria dos atentados.
A Turquia tem sido alvo de vários ataques terroristas ao longo dos últimos anos e em julho houve a tentativa de um golpe militar.
O Besiktas emitiu uma nota oficial em seu site condenando os ataques.
"Após nossa partida contra o Bursaspor o terror mostrou de novo sua face e uma explosão ocorreu bem perto da nossa casa, a Vodafone Arena e de acordo com as primeiras informações nossas forças segurança foram o alvo. Os terroristas que não conhecem limites atacaram aqueles que fazem a segurança de nossos torcedores e dos adversários", diz trecho do comunicado.
"Esperamos que os cidadãos feridos no ataque se recuperem rapidamente e que não haja sofrimento. Nós condenamos o terror e o ódio".